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CNI prevê crescimento da economia de 2,4% em 2025

em Economia
terça-feira, 17 de dezembro de 2024

A economia brasileira deve crescer 2,4% em 2025, contra 3,5% em 2024, divulgou ontem (17) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A inflação oficial pelo IPCA deve cair de 4,8% em 2024 para 4,5% no próximo ano. A indústria deve crescer 3,3% este ano e 2,1% em 2025. Segundo o relatório, a retomada do ciclo de alta de juros pelo Banco Central (BC) será o principal fator que contribuirá para a diminuição do crescimento econômico, mas não o único.

A CNI estima que a taxa Selic encerrará 2025 em 12,75% ao ano, meio ponto acima da taxa atual de 12,25%. O BC continuará a elevar a Selic até março, quando a Selic chegará a 14,25% ao ano e permanecerá nesse nível até agosto, quando começará a cair gradualmente, até atingir 1,5 ponto percentual de queda em relação ao teto. Apesar da desvalorização cambial recente, a CNI acredita que o dólar cairá ao longo de 2025, atingindo uma taxa de câmbio média de R$ 5,70 no próximo ano.

Segundo a entidade, a aprovação de parte do pacote de corte de gastos e o impacto neutro da reforma do Imposto de Renda diminuirão a visão negativa do mercado financeiro sobre o governo, contribuindo para a redução do câmbio e da inflação. “Esse nível de taxa de câmbio que vemos hoje, não acreditamos que permaneça.

Ao longo do ano, devemos ter reversão desse quadro por causa da redução de risco fiscal. Isso ocorrerá por causa da aprovação do pacote de corte de gastos e porque acreditamos que a proposta de reforma do Imposto de Renda não diminuirá receitas”, declarou o superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles.

Os ruídos em torno da elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) serão dissipados porque o histórico de reformas tributárias busca manter o nível de arrecadação. “O governo federal e os governos regionais são sócios no Imposto de Renda”, afirmou. Um fator adicional que deverá contribuir para a queda da inflação serão os alimentos. A CNI estima crescimento da safra e das exportações. A projeção, no entanto, considera um melhor cenário climático em 2025 (ABr).