9 views 6 mins

Homem ou mulher: o que é preciso para ser um ótimo C-Level?

em Destaques
sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Ricardo Haag (*)

Nem todo mundo está 100% preparado para assumir os deveres e responsabilidades de um C-Level. Afinal, a importância desta carreira para o bom funcionamento corporativo e seu destaque no mercado exige uma série de habilidades e compromissos indispensáveis para a conquista destes resultados.

Na prática, isso é algo que ultrapassa questões de gênero na determinação de quem estará devidamente capacitado para cumprir, com êxito, estes objetivos. Diante de um mercado cada vez mais sedento pela competitividade, os C-Levels ganham uma crescente relevância no destaque corporativo. Até porque, são esses profissionais que garantem o sucesso saudável e escalabilidade do negócio em seu segmento, incentivando e movendo os times para que se unam a favor desta causa.

No entanto, o que favorecerá este desempenho não é a ocupação deste posto por um homem ou uma mulher, mas sim suas competências, experiências, habilidades e aderência ao perfil e cultura da empresa. Todos esses pontos devem ser avaliados no momento desta contratação, priorizando os que tiverem maior match com cada um desses aspectos.

Entenda, a fundo, a importância de cada um deles para uma atuação assertiva de um C-Level:

  1. – Habilidades e competências técnicas – Vivemos em um mercado dinâmico e complexo, em que, para crescer e prosperar, os C-Levels precisam trazer suas habilidades e competências técnicas de maneira estratégica no dia a dia organizacional. Essa capacidade permitirá a tomada de decisões mais estratégicas, cujo domínio sobre esses temas conduzirá o negócio rumo ao seu destaque, identificando oportunidades e mitigando riscos com maior precisão.
  2. – Liderança e desenvolvimento de pessoas – Ninguém opera ou conduz uma empresa sozinho. Cada profissional possui sua importância e relevância dentro da empresa. Por isso, é dever do C-Level fazer com que todos se sintam reconhecidos e valorizados nesse sentido, incentivando os times a se unirem e darem sempre o melhor de si para conquistarem resultados cada vez melhores. Uma boa liderança fará toda a diferença para o fortalecimento do engajamento, satisfação e desempenho individual.
  3. – Criação de conexão e propósito – Inspirar e criar um propósito compartilhado entre as equipes, fomentando um ambiente de colaboração, é fundamental para o sucesso organizacional, alinhando os esforços individuais com a estratégia da empresa. A fim de criar essa conexão, os C-Levels devem promover um ambiente de máxima comunicação entre todos, de forma que possam trocar ideias e insights que os movam rumo a um mesmo objetivo.
  4. – Comunicação e influência – Quanto mais clara, transparente e próxima for a comunicação dos C-Levels com todos ao seu redor, maior será sua influência internamente perante a eficácia dos times em suas funções. A forma pela qual irá se comunicar e orientar cada um dos profissionais terá relação direta com sua felicidade e consequente produtividade, motivando constantemente todos os agentes em prol do crescimento corporativo.
  5. – Gestão de projetos – Essa é uma das responsabilidades mais cruciais dos C-Levels, a qual exige deles um olhar estratégico e holístico para garantir a entrega de valor e o alinhamento com os objetivos da empresa. Estes profissionais precisam ter uma forte capacidade de organização, visão e disciplina em suas tarefas, garantindo que as iniciativas estejam alinhadas com a visão de longo prazo da organização e sua eficácia na execução.
  6. – Resiliência, persistência e flexibilidade – Toda empresa está sempre sujeita a fatores externos e internos que podem exigir adaptações em suas operações. Uma postura rígida e inflexível, nesse cenário, não é uma opção – o que demanda dos C-Levels uma alta capacidade de resiliência, persistência e maleabilidade consigo e em todos os times, de forma que consigam lidar com eventuais imprevistos.

Um bom C-Level não deve ser pautado por questão de gênero. Aquele que irá destacar nesta posição será quem não apenas tiver um background significativo na área, mas que consiga incorporar tais experiências e conhecimentos nos novos desafios corporativos.

No final, serão as características acima que mais influenciarão no bom desempenho deste talento, independente se for um homem ou uma mulher quem ocupará esta cadeira.

(*) – É sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção (https://wide.works/).