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Existe dívida boa? Sim, e ela não é do seu cheque especial

em Destaques
quarta-feira, 16 de outubro de 2024

78.8% das famílias brasileiras estão endividadas (Dado CNC, referente a maio de 2024). Já quando falamos das empresas: 6.3 milhões de pequenas e médias empresas estão inadimplentes. Trata-se do maior número absoluto de negócios com problemas para fechar a conta no azul.

As dívidas vêm acompanhadas de juros e é nesse ponto que consumidores e empresários começam primeiro a ficarem desesperados, e depois desanimados, pois não enxergam uma maneira de saldar as dívidas.

“Quando explico para as empresas que atendo que é necessário contrair uma dívida boa para eliminarmos a dívida ruim, geralmente, recebo um sonoro não, porém é um não com curiosidade. Os gestores das empresas querem entender o que é uma dívida boa, e é aí que entra o nosso trabalho”, explica Fernando Rebello, Diretor e criador da Allotter Financas.

Rebello já ajudou mais de 20 empresas a se levantarem fazendo o uso da dívida inteligente, isso é contrair uma dívida com base no planejamento financeiro da empresa e que ela tenha um potencial de maior retorno do que juros cobrados.

Exemplo: quando a empresa toma um empréstimo para financiar um novo equipamento, ou seja com o equipamento ela consegue aumentar a sua capacidade de cumprir novas demandas e com isso ter mais receita . É um exemplo de dívida inteligente.

A dívida inteligente é aquela que contribui para o crescimento do negócio e/ou do consumidor final. É aquela que gera receita e não apenas cobre os custos. Por exemplo: um cidadão que compra um veículo financiado para fazer entregas (transporte), ou seja, essa pessoa terá mais receita do que o valor que pagará nas parcelas deste financiamento.

Outra forma também de se ter uma dívida inteligente é adquirir um empréstimo com taxa de juro mais baixa do que as dívidas que se tem. Ou seja, quitasse as dívidas e empréstimos, com esse único empréstimo feito, com taxa mais favorável.

Rebello separa as 4 características da dívida boa (inteligente). Confira:

  1. – Tenha o propósito definido – A dívida tem que ser contraída para ter maior retorno do que os juros cobrados. Seja o objetivo norteador para uma expansão da sua empresa e/ou quitar empréstimos com alta taxa de juros como cheque especial e cartão de crédito tenha em mente que só vale a pena contrair a dívida se for para ter retorno maior.
  2. – Pesquise as taxas de juros antes de contrair a dívida – Nessa parte eu aconselho ter um profissional de finanças que ajude, pois quem trabalha com finanças conhece as melhores instituições que oferecem as melhores taxas de juros para contrair uma dívida. As taxas de juros devem ser competitivas e as condições de financiamento devem caber no bolso, seja você pessoa física ou jurídica.
  3. – A dívida deve ser sustentável com a sua situação atual – Contrair uma dívida, de forma inteligente, é diferente de estar endividado. Estar endividado acontece quando fazemos compras por impulso, gastamos mais do que podemos, com coisas que não nos darão nenhum retorno financeiro.

A dívida inteligente vem para sanar essa situação. A capacidade de pagamento está alinhada ao fluxo de caixa esperado (ou ao salário fixo mensal) evitando comprometer a empresa e/ou pessoa física a longo prazo.

  1. – Melhoria da infraestrutura da empresa e/ou controle pessoal financeiro – A dívida pode ser feita em investimentos em ativos que contribuirão para a eficiência operacional ou expansão de mercado, no caso de empresas.

No caso de pessoa física, a dívida é feita para que o controle pessoal financeiro fique mais palpável e a pessoa consiga sair do cheque especial e demais empréstimos com altas taxas de juros. – Fonte e outras informações: (https://allotter.com.br/).