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10 sinais de que a empresa está à beira da recuperação judicial

em Destaques
terça-feira, 01 de outubro de 2024

Alternativa para empresas que enfrentam desafios financeiros, mas que preservam uma certa viabilidade econômica para operar, a Recuperação Judicial aparece como uma aliada. De acordo com o Indicador de Falência e Recuperação Judicial da Serasa Experian, os pedidos de Recuperação Judicial registraram alta de quase 70% em 2023 na comparação com o ano anterior.

Para SilvineiToffanin, sócio e CEO da Direto Group – empresa de wealth management comquase30anosdemercado – acompanhiaprestesaentrarcomum pedido de recuperação apresenta uma série de sinais, que são praticamente os mesmos, independente do porte ou do seu setor de atuação.

“Oriento as empresas que nos consultam que fiquem atentos a esses sinais para que seja possível atuar na busca de soluções sem necessitar desse recurso, que apesar de útil e eficaz, acende sinal de alerta e preocupação em parceiros e clientes”, afirma Toffanin, ao listar os pontos que devem ser acompanhados, uma vez que sinalizam para a possibilidade de um pedido de Recuperação Judicial. Confira:

1- Piora dos resultados – A empresa passa a não conseguir atingir resultados, que antes eram alcançados com tranquilidade;

2- Dificuldades para quitação de dívidas – Rolar vencimentos com frequência, sem conseguir amortizar parcelas, é um indicativo importante de problemas;

3- Juros altos – Significa que as instituições já consideram um risco importante ceder crédito à sua empresa, então, as taxas tendem a ser mais altas do que aquelas praticadas junto às empresas com financeiro saudável;

4- Inadimplência – Contas deixam de ser pagas, títulos começam a ser protestados e há atraso no pagamento de impostos. Ao mesmo tempo, negociações são feitas e os prazos deixam de ser cumpridos, o que levam à perda de credibilidade da companhia;

5- Comunicação com mercado – A empresa não mantém mais os credores informados sobre a situação dos seus créditos e reprogramação de pagamentos;

6- Falta de pagamento de rescisões – Demissões são realizadas sem o pleno pagamento dos direitos dos funcionários dispensados;

7- Patrimônio ameaçado – Ativos da empresa começam a ser vendidos por valores inferiores para geração de caixa;

8- Fornecedores em alerta – Empresas parceiras começam a reagir frente ao atraso nos pagamentos. Prazos que anteriormente podiam chegar a 60 dias, passam a ser de apenas 15 ou, ainda, deixam de existir, com a exigência de pagamento à vista;

9- Relação com clientes – Diante de problemas, como atrasos na entrega de pedidos, o relacionamento com os clientes começa a ficar abalado. Alguns passam a optar pela compra da matéria-prima para a empresa em vez de efetuar o pagamento convencional;

10- Crise de imagem – Os problemas da empresa passam a ser conhecidos pelo mercado em geral e especialmente pela concorrência. A exposição pública agrava a situação com clientes, fornecedores, funcionários, etc.

Segundo Toffanin, quando boa parte desses ‘sintomas’ já são percebidos nas companhias, a Recuperação Judicial pode ser um recurso para a reorganização financeira da empresa. “Será preciso reunir, então, demonstrações que apontem os motivos da crise, demonstraçõescontábeis, a relação de bens da empresa e dos sócios, extratos bancários, relação de credores e o plano de recuperação à justiça.

Se a proposta for aceita, um administrador judicial será nomeado para fiscalizar a empresa durante o processo e fazer com que o plano proposto seja cumprido”, finaliza o CEO. – Fonte e mais informações: (www.diretogroup.com).