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Quem compra terra não erra: saiba como investir

em Artigos
quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Flávio Guerra (*)

Em um cenário econômico instável, a busca por investimentos sólidos e seguros torna-se prioridade. Meu avô sempre dizia que “quem compra terra não erra”.

Após quase 20 anos acompanhando de perto o mercado de loteamentos, hoje entendo bem esse ditado. É que o lote se comporta, de fato, como uma moeda forte, especialmente em momentos de crise. Desde que adquirido de empresas idôneas que garantam a segurança jurídica, urbanística e ambiental, esse é um ativo seguro, mesmo diante de instabilidades econômicas.

Desde a pandemia do Covid-19, a busca por segurança e qualidade de vida fez do lote um artigo ainda mais desejado, sobretudo os localizados em condomínios fechados nas regiões metropolitanas e em cidades do interior. Essa tendência foi mapeada pelo Censo 2022, que apontou um êxodo urbano expressivo nas principais capitais do país e o aumento da população nas demais áreas.

As pessoas redefiniram suas prioridades e passaram a buscar outro perfil de moradia, com mais espaço para lazer, mais proximidade com o “verde”, além de infraestrutura suficiente para evitar o uso do carro. Os terrenos oferecem uma flexibilidade que outros investimentos não possuem. Desde que autorizado no Plano Diretor da região onde estão localizados, eles podem ser usados para diversas finalidades, desde residenciais até comerciais e industriais.

Essa versatilidade permite ao investidor adaptar seu uso conforme as condições do mercado. A possibilidade de alterar a destinação do lote conforme a demanda faz com que ele se torne um ativo ainda mais valioso e resiliente diante das oscilações econômicas. Outro ponto a considerar é a valorização constante dos terrenos.

Diferente de outros investimentos que podem sofrer desvalorizações significativas em tempos de crise, os terrenos tendem a manter ou aumentar seu valor. Isso se deve à escassez de terrenos disponíveis em áreas urbanas e à constante demanda por habitação, impulsionada pelo crescimento populacional, casamentos, divórcios, etc.

Além disso, o investimento em terras pode atuar como uma proteção contra a inflação. Investir em lote é apostar em um ativo que, além de ter seu valor preservado, tende a se valorizar ao longo do tempo. Enquanto a moeda perde valor ao longo do tempo, o valor dos terrenos geralmente acompanha ou supera a inflação, protegendo o poder de compra do investidor.

Essa característica faz dos loteamentos um refúgio seguro, comparável ao ouro, mas com a vantagem adicional de gerar renda por meio de arrendamentos ou desenvolvimentos futuros. Investir em loteamentos não é apenas uma decisão financeira inteligente, mas também uma aposta no desenvolvimento econômico e social a longo prazo.

Ao adquirir um terreno, o investidor contribui para o crescimento das regiões onde esses loteamentos estão localizados. O desenvolvimento da infraestrutura, a geração de empregos e o fortalecimento da economia local são alguns dos benefícios que acompanham esse tipo de investimento.

(*) – É CEO da Aelo/MG, fundador, sócio e conselheiro da Urbaminas; vice-presidente do Sinduscon-MG (https://www.linkedin.com/company/aelo-mg).