As startups estão se tornando, cada vez mais, um pilar fundamental para a economia brasileira. Com um crescimento impressionante nos últimos anos, essas empresas inovadoras estão impulsionando o desenvolvimento econômico, gerando empregos e promovendo a inovação.
Segundo um relatório recente da Cortex, o Brasil conta hoje com cerca de 13 mil startups, tendo elas contratado mais de 100 mil pessoas nos últimos anos. Além disso, o volume de investimentos nas startups brasileiras aumentou em 200% desde o último levantamento.
No entanto, apesar do seu impacto positivo, as startups enfrentam uma série de desafios significativos. No mundo acelerado das startups, os holofotes costumam se concentrar em histórias de sucesso, carinhosamente apelidadas de ‘case’, rodadas de financiamento e lançamentos de produtos inovadores.
Porém, por trás dessas manchetes, existe uma realidade muito menos divulgada, mas igualmente importante: os desafios silenciosos enfrentados pelos fundadores de startups. Os seus fundadores enfrentam desafios iniciais como a validação da ideia do negócio juno ao público-alvo, a monetização do modelo de receita, a gestão de marketing e vendas, a atração de investimentos (especialmente na fase de Série A) e a profissionalização contábil.
A empresária e influenciadora de negócios, Cristina Boner, no entanto, aponta que não somente na fase inicial esses desafios ‘invisíveis’ ao público têm de ser enfrentados por seus fundadores. Esses fundadores de startups são frequentemente retratados como visionários que transformam ideias inovadoras em negócios prósperos, mas o que muitos não sabem é que raramente, a jornada por trás do sucesso, é linear.
“A jornada empreendedora é cheia de altos e baixos. Os desafios que enfrentamos são, muitas vezes, invisíveis para o mundo exterior”, comenta Cristina Boner, empresária do ramo de tecnologia, que atua levando seu conhecimento a jovens empreendedores. Esses desafios silenciosos podem variar desde a gestão do estresse e da saúde mental até a navegação nas complexidades das relações com investidores e a construção de uma cultura corporativa positiva.
A pressão para ser um empreendedor de sucesso, segundo Boner, pode ser esmagadora. “A saúde mental é tão importante quanto qualquer outro aspecto do negócio. Se não estivermos bem mentalmente, não poderemos liderar efetivamente nossa equipe ou tomar decisões estratégicas”. Estudos recentes mostram que os principais fatores de sucesso para uma startup incluem a ideia, a liderança do CEO, o modelo de negócios, a abordagem de marketing e a equipe fundadora.
No entanto, mesmo com esses fatores, a realidade é que mais de dois terços das startups nunca entregam um retorno positivo aos investidores. Inclusive, a construção de relacionamentos com investidores e a gestão das expectativas deles é outro desafio silencioso. É uma dança delicada. Os fundadores precisam garantir que estão alinhados com seus investidores, mas também precisam permanecer fiéis à sua visão e missão.
“Embora esses desafios possam ser difíceis, eles são uma parte crucial da jornada empreendedora. Ao trazer esses desafios à luz, podemos começar a abordá-los de maneira mais eficaz e apoiar melhor os fundadores de startups em sua jornada. Afinal, entender os fatores que levam ao sucesso e ao fracasso pode ajudar a melhorar as chances de sucesso de uma startup.”, conclui. Fonte e outras informações: (@cristina.boner).