Melissa Angelini (*)
No atual cenário corporativo, a integração entre governança corporativa e sustentabilidade tornou-se não apenas uma necessidade, mas também uma oportunidade para empresas que buscam não apenas o sucesso financeiro, mas igualmente a responsabilidade social e ambiental.
A governança corporativa eficaz desempenha um papel fundamental na condução de práticas sustentáveis que promovem a saúde do planeta, das comunidades e das próprias organizações. Um dos principais impactos da governança corporativa na sustentabilidade empresarial é a promoção de uma cultura organizacional voltada para a responsabilidade social e ambiental.
Por meio de estruturas de governança claras e transparentes, as empresas podem estabelecer metas e diretrizes que incentivam a adoção de práticas sustentáveis em todas as áreas de operação. Isso inclui desde a gestão responsável dos recursos naturais até a promoção da diversidade e inclusão no local de trabalho.
Além disso, a governança corporativa sólida é essencial para garantir a prestação de contas e a transparência em relação às iniciativas de sustentabilidade. Os investidores e stakeholders estão cada vez mais atentos às práticas ambientais, sociais e de governança das empresas, e uma boa governança corporativa pode ajudar a construir e manter a confiança desses públicos.
Uma maneira de impulsionar a sustentabilidade corporativa é a existência de um conselho de administração comprometido com a responsabilidade ambiental e social, que apoiará a empresa a implementar uma série de iniciativas voltadas para os temas mais relevantes para aquela empresa, como, por exemplo, reduzir sua pegada de carbono, promover a igualdade de gênero e apoiar comunidades locais em que opera.
Como resultado, a empresa não apenas fortalecerá sua reputação no mercado por suas práticas sustentáveis, mas ao longo prazo também trará mais perenidade ao negócio. Em resumo, a integração entre governança corporativa e sustentabilidade não é apenas benéfica para o planeta e a sociedade, mas também para as próprias empresas.
Ao adotar uma abordagem holística que considera não apenas o lucro, mas também o impacto social e ambiental de suas operações, as empresas podem criar valor de longo prazo para todos os seus stakeholders e garantir sua sustentabilidade no futuro.
(*) – É diretora de RI e membro do conselho do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (https://www.ibri.com.br).