Thiago Massari (*)
Nos ambientes empresariais contemporâneos, a busca pela eficiência é fundamental. Sendo assim, uma estratégia inovadora amplamente adotada é a implementação dos Centros de Serviços Compartilhados (CSC). Isso porque eles consolidam funções administrativas em uma única unidade para servir diversas áreas da organização, promovendo a otimização de processos, redução de custos e aumento da eficiência operacional.
Os CSCs atuam como hubs centralizados, garantindo consistência, padronização e qualidade nos serviços administrativos oferecidos, além de um rápido retorno de investimento. Não à toa, de acordo com a Pesquisa do Centro de Serviço compartilhados S-LATAM, 2023, realizada pela Deloitte, foi constatado que 57% dos centros recuperam o valor investido em, no máximo, um ou dois anos.
No entanto, para assegurar a efetividade desse processo, a governança corporativa é algo crucial, tendo em vista que, mais do que simplesmente focar na produtividade, é vital garantir a segurança da informação, a consistência dos processos, uma gestão eficaz dos dados, e a identificação e correção ágeis de falhas.
Por sua vez, é importante destacar que, quando falamos sobre produtividade, essa ação não se resume apenas a economizar mão de obra, mas sim em garantir alta disponibilidade, operar 24 horas por dia durante a semana, adaptar-se rapidamente às demandas que mudam conforme o calendário e ter um processo autoscaling (escalonamento automático).
E, levando em conta a atual fase de transformação digital que as organizações estão inseridas, trilhando um caminho sem volta para a modernização e incluindo cada vez mais recursos tecnológicos, o CSC é considerado um passo essencial nessa jornada, visto que ajuda na potencialização de dados e aproveitamento de tecnologias como a Inteligência Artificial.
Essa estratégia não apenas simplifica a gestão, mas também libera recursos para direcionar ações com foco em iniciativas estratégicas. Isso é, ao integrar um CSC com uma abordagem de autosserviço, as empresas promovem uma cultura de eficiência e responsabilidade. Além disso, essa sinergia aumenta a satisfação e o engajamento dos funcionários, contribuindo para um ambiente de trabalho mais produtivo e colaborativo.
Isso porque, enquanto o CSC lida com tarefas complexas e estratégicas, o autosserviço capacita os colaboradores a resolverem questões mais simples por conta própria. Essa combinação não apenas impulsiona a eficiência operacional, mas também promove uma cultura organizacional de responsabilidade e excelência.
Afinal, profissionais engajados e bem capacitados são capazes de potencializar o negócio da empresa, implementando melhorias contínuas e ajustando-se rapidamente às mudanças necessárias. A expectativa é que cada vez mais as empresas globais forneçam um maior valor a um custo menor.
A rentabilidade e aceleração dos negócios são prioridades estratégicas no investimento em empresas globais que, em média, atingem 30% de benefícios de uma só vez, além de 10% de taxa de execução, segundo a Deloitte. Assim, ao investir na estruturação e fortalecimento do CSC, as organizações se posicionam para alcançar novos patamares de sucesso nos negócios, adaptando-se de forma ágil e eficaz a um ambiente empresarial dinâmico e desafiador.
(*) – É Squad Leader da Viceri-Seidor (www.viceri.com.br).