Quem não gosta de um bom chocolate? De acordo com um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicap), o consumo per capita da iguaria aumentou de 2022 para 2023 no país: de 3,6 quilos para 3,9 quilos.
A produção também cresceu, passando de 760 mil toneladas para 805 mil toneladas, um aumento de 6%. Além disso, o Brasil é o segundo maior consumidor de ovos de Páscoa no mundo. São mais de 60 milhões de unidades do produto consumidas nesse período. Mas a história do chocolate não começa e nem pára por aí.
De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior por meio de uma plataforma completa end-to-end, , é interessante saber que o Brasil é um grande exportador de cacau em pós, manteiga ou pasta de cacau. “É a matéria-prima do chocolate que costumamos consumir. Em 2023, foram exportadas 47 mil toneladas”, conta. Os principais destinos foram Argentina (53%), Estados Unidos (19%), Chile (12%), Holanda (4%) e Canadá (3,4%).
O país também exportou 41 mil toneladas da categoria “chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau” no mesmo ano, representando US$ 167 milhões. Os principais destinos foram similares: Argentina (29%), Estados Unidos (12%), Chile (10%), Uruguai (9,4% e Paraguai (8,2%).
“Podemos destacar que em 2023 o Brasil recebeu, inclusive, o certificado “país com cacau 100% fino e de aroma” pelo segundo ano consecutivo. É um certificado emitido pela Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês)”, explica. Já com relação às importações, o Brasil importou, em 2023, 35 mil toneladas de “cacau em pó, manteiga ou pasta de cacau”, a um valor de US$ 99 milhões.
Os principais fornecedores foram Indonésia (21%), Costa do Marfim (15%), Países Baixos (12%), Uruguai (11%) e Malásia (10%). “Por outro lado, da categoria “chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau”, que representam maior grau de industrialização, importamos 19 mil toneladas em 2023”, afirma Hofstatter.
Os principais fornecedores foram Argentina (29%), Suíça (15%), Alemanha (13%), Bélgica (8,3%) e Índia (7,8%). Muitos chocólatras podem não saber: mais de 70% de todo o cacau produzido no mundo é oriundo da África, sobretudo Costa do Marfim e Gana.
Em contrapartida, os principais países importadores do doce – em análise per capita – estão localizados na Europa, posição que perdura há mais de 100 anos. Em 2023, a estimativa era que 45% de toda a demanda mundial viria do velho continente, países como Suíça, Áustria, Estônia, Irlanda, Alemanha, Reino Unidos e Noruega.
Muitas vezes, o material produzido nos países africanos passa por um processo de industrialização, principalmente na Europa, até chegar nas prateleiras. E como os países africanos detêm grande parcela da produção, é natural que uma queda em sua oferta provoque um aumento de preços observado internacionalmente, como vem acontecendo. – Fonte e mais informações: (https://www.logcomex.com/).