Luciana Zanini (*)
Nos anos 2000, quais habilidades um profissional precisava ter para se destacar? A fluência em softwares e a capacidade de navegar pela internet eram alguns dos requisitos indispensáveis. No entanto, a paisagem profissional de hoje exige um novo conjunto de habilidades.
Em um mundo que valoriza a capacidade de adaptar-se rapidamente, é imprescindível desenvolver uma mente que equilibre a inteligência emocional e a racional. Essa síntese não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade fundamental e perene. Uma pesquisa do PageGroup destaca uma mudança significativa no que líderes de grandes empresas na América Latina consideram essencial: 33,8% valorizam a inteligência emocional como a segunda habilidade mais crucial.
O Fórum Econômico Mundial estima que até 2030, oito das dez habilidades mais necessárias para os profissionais envolverão competências socioemocionais. Mas por que essa ênfase? À medida que o mundo avança na automação, qualidades distintamente humanas emergem como essenciais. Habilidades para gerir emoções, liderar equipes, negociar e resolver conflitos, antes importantes, são agora vitais para o capital intelectual de um profissional.
Esse novo paradigma ressalta a crescente demanda por profissionais que não apenas respondam a situações, mas também as antecipem e as transformem. A habilidade de planejar estrategicamente, com uma visão clara e disciplinada, torna-se decisiva. Não se trata apenas de estabelecer metas, mas de desenvolver um caminho pragmático que transforme visões em resultados tangíveis.
Isso se complementa pela colaboração multidisciplinar, indispensável na busca por soluções que cruzam fronteiras entre diversas disciplinas, potencializando a inovação. Ademais, a capacidade de desconstruir antigos paradigmas e aprender continuamente é crucial, atuando quase como o oxigênio para a sobrevivência profissional contemporânea. Isso desafia os profissionais a permanecerem flexíveis e abertos a novos métodos e ideias. Difícil? Sim! Porém necessário se você quer ter as melhores oportunidades.
A curiosidade intelectual eleva-se de uma mera habilidade para um imperativo, impulsionando profissionais a liderar mudanças e antecipar tendências. Manter-se relevante no mercado significa superar limites pessoais e garantir um lugar de destaque no ambiente de trabalho, envolvendo mais do que a simples maestria tecnológica: requer um desenvolvimento pessoal e profissional contínuo.
E, por último, não se esqueça: na sociedade contemporânea, o futuro é agora!
(*) – Executiva especialista em finanças, pessoas e negócios, é Diretora Financeira e Administrativa no Inhotim (https://www.inhotim.org.br).