A sétima estimativa da safra de grãos 2023/2024, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ontem (11), aponta que a produção de grãos no país deverá atingir um total de 294,1 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8% à obtida na temporada passada, ou seja, 25,7 milhões de toneladas a menos a serem colhidas.
Com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país. Isso impactou na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha. O comportamento climático continua como fator preponderante para o resultado final do atual ciclo.
Com os trabalhos de colheita avançados nos principais estados produtores, atingindo em torno de 76,4% da área cultivada no país, a estimativa de produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior. Principal cultura cultivada na segunda safra, o milho tem produção total estimada em 110,96 milhões de toneladas. Os trabalhos de colheita da primeira safra do cereal, quando é esperada uma produção de 23,36 milhões de toneladas, atingem 51% da área cultivada.
No caso do feijão, que possui 3 ciclos de cultivo dentro da temporada, a expectativa é que a segunda safra tenha um acréscimo de 18,4% na produção, com uma colheita estimada em 1,5 milhão de toneladas. Também é verificado um cenário de recuperação para o arroz. Com a área de plantio estimada em 1,5 milhão de hectares, 4,4% superior à da safra anterior, estima-se uma produção em 10,57 milhões de toneladas, 5,3% acima da obtida no ciclo anterior (GI/CONAB).