Organizações internacionais de autores, editores, livreiros e bibliotecas lançaram ontem (14), um manifesto em defesa da liberdade de expressão. O documento é uma reação a crescentes esforços de restringir ou censurar livros no mundo. “Acreditamos que a sociedade necessita de cidadãos esclarecidos que, com base em conhecimento e informação precisos, façam escolhas e participem do progresso democrático”, informa o documento.
O manifesto continua reforçando que “a verdadeira liberdade de leitura significa poder escolher entre a mais ampla gama de livros que compartilham a mais ampla gama de ideias. A comunicação irrestrita é essencial para uma sociedade livre e uma cultura criativa, mas traz consigo a responsabilidade de resistir ao discurso de ódio, falsidades deliberadas e distorção de fatos.”
O documento defende que os autores tenham garantida sua liberdade de expressão, desde que sejam respeitados os limites estabelecidos pelo direito internacional dos direitos humanos. Editores, ressalta o manifesto, devem ter liberdade para publicar as obras, assim como livreiros e bibliotecários precisam ser livres para oferecê-las aos leitores.
Assinam o manifesto, associações como a Federação Europeia e Internacional de Livreiros, o Fórum Internacional de Autores, a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias e a Associação Internacional de Editores.
No Brasil, sete associações assinaram: Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Associação Brasileira de Autores de Livros Educacionais, Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, Associação Nacional de Livrarias, Câmara Brasileira do Livro, Liga Brasileira de Editores e Sindicato Nacional do Editores de Livros (ABr).