Balanço do Ministério das Comunicações mostra que 140 milhões de brasileiros já utilizam a tecnologia 5G. A inovação representa um marco para as redes móveis, proporcionando maior velocidade e menor instabilidade no acesso à internet. Para que este avanço alcance toda a sua efetividade e bom funcionamento, são necessários aparelhos celulares fabricados com suporte para essa rede.
A Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac) explica que é de responsabilidade de laboratórios e certificadoras brasileiras, designadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), testarem e avaliarem aparelhos celulares, quanto a compatibilidade eletromagnética, a segurança elétrica oferecida ao usuário, além das características da emissão de radiofrequência que possam ser absorvidas pelo corpo humano durante a utilização desses dispositivos.
A partir da publicação, pela Anatel, dos requisitos técnicos de avaliação da conformidade para o 5G, todas as certificadoras com escopo do 4G foram designadas para atuar com a nova tecnologia, podendo emitir certificados para telefones celulares, estações terminais de acesso, transceptores para estação rádio base, entre outros.
“Ao contrário das tecnologias anteriores, a telefonia celular 5G introduziu avanços significativos para lidar com o considerável tráfego de dados gerado pela crescente demanda por informações na sociedade”, explica o vice-presidente de Telecomunicações da Abrac, Fabio Jacon. “Laboratórios e certificadoras asseguram a conformidade, segurança e eficiência das redes e dispositivos relacionados a essa tecnologia”, completa.
O processo de realização dos testes para certificação inicia-se com o fabricante, que seleciona um Organismo de Certificação Designado (OCD) e fornece informações técnicas detalhadas sobre o produto em análise. A partir delas, são determinados os padrões e ensaios aplicáveis. Em seguida, o fabricante escolhe um laboratório responsável pela execução dos testes, sendo este responsável por conduzir os ensaios e elaborar um relatório detalhado.
Este relatório é então submetido à análise da certificadora, que, em caso de resultado positivo, procede ao cadastramento do produto junto à Anatel que avalia a documentação apresentada e emite o certificado de homologação, permitindo que o produto ou serviço seja devidamente comercializado no mercado. Esse rigoroso processo assegura a conformidade, qualidade e segurança dos produtos no setor de telecomunicações.
“O Brasil apresenta um ambiente eletromagnético peculiar, caracterizado por uma incidência considerável de raios, sendo de extrema importância que os laboratórios e certificadoras reflitam de maneira precisa o contexto nacional evidenciado nos testes para o 5G”, conclui Jacon.
O levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que reúne empresas de telecomunicações e conectividade, apontou que apenas 7,16% do total de municípios brasileiros atualizaram as normas de acordo com a Lei Geral de Antenas (LGA), resultando em um atraso na melhoria do sinal em território brasileiro.
A entidade destaca que essa falta de atualização é um dos grandes entraves enfrentados pelas operadoras para a expansão da conectividade e que os municípios que possuem legislações modernas garantem que o investimento da operadora se traduza em conectividade para o cidadão. – Fonte: AI/Abrac.