Os avanços tecnológicos possibilitam que surjam cada vez mais cidades inteligentes ao redor do mundo, que por meio de suas inovações conseguem ter processos mais eficientes, sustentáveis e ágeis, impactando positivamente na qualidade de vida da população e das gerações futuras. O conceito de Smart Cities não é recente, mas estamos vivendo um período marcado por inovações nessa indústria que tem chamado a atenção de empresas e governo. Segundo levantamento realizado pela Tecnavio, empresa britânica de consultoria tecnológica, este mercado deve alcançar um faturamento de US$2,1 trilhões até 2024, com tendência de seguir aumentando anualmente.
Já com base em informações do relatório “IESE Cities in Motion Index”, feito pela Escola de Negócios de Navarra na Espanha, que analisou mais de 183 cidades no mundo, Londres é considerada a cidade mais inteligente do globo, sendo Santiago – Chile (75.º) a mais bem ranqueada em países latino-americanos. Apesar de não termos nenhum representante no top 100, já é possível encontrar cases de sucesso no Brasil, como as cidades de São José dos Campos e Pindamonhangaba, que foram as pioneiras a serem certificadas como cidades inteligentes brasileiras, além das cidades de Florianópolis e Curitiba que se destacam em território nacional em quesitos como energia, mobilidade, saúde e segurança.
Aliado a esse cenário de inovação, acredito que os investimentos em energia e infraestrutura de TI devam ser ainda mais demandados e precisamos estar preparados para esse aumento de consumo energético. Desde o início desse ano, estamos vendo um crescimento desenfreado no uso de soluções de AIoT e de IA Generativa, facilitando processos e nos permitindo trabalhar com mais eficiência. Diversas são as inovações que aplicam essas tecnologias, como a utilização de IA para segurança dos consumidores, prevenindo fraudes por meio da análise de comportamento, e a utilização de medidores inteligentes para análise de dados de consumo de energia, uma das prioridades da ANEEL – Agência Nacional de Energia Eletrônica – para os próximos anos, que pretende substituir todos os aparelhos tradicionais no Brasil para medidores inteligentes até 2024.
O uso consciente da energia já é considerado um dos principais pilares de uma cidade inteligente e está ligado às práticas de sustentabilidade dentro do ESG, destacando o uso estratégico de soluções de proteção de energia, como nobreaks e estabilizadores, em indústrias, comércios e residências. Essa pluralidade traz mais economia e segurança ao usuário e ao país, como um todo.
Em um contexto de mudanças tecnológicas cada vez mais impactantes e presentes dentro de nossas vidas, a demanda por energia deverá crescer exponencialmente durante os próximos anos, e é nosso papel como tomadores de decisão providenciar à população a maior eficiência energética possível, sem deixar de lado a preocupação ambiental, e isso só será possível por meio da inovação.
(Fonte: Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, indústria nacional fabricante de nobreaks, inversores e estabilizadores de tensão e protetores de rede inteligente).