Emerson Lima (*)
O mundo está mudando cada vez mais rápido, com novas soluções e produtos surgindo a todo momento, e apesar do avanço, quando se trata de criar uma cultura de transformação digital, ainda há um longo caminho principalmente quando voltamos o olhar para as MPMEs.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Microsoft para a agência de comunicação Edelman, 98% dos entrevistados de pequenas e médias empresas, cujos negócios estão em transformação digital, reconhecem o impacto positivo da tecnologia, após a intensa corrida para ampliar a adoção de tecnologia nos três últimos anos, processo impulsionado pela pandemia de Covid-19. A avaliação contou com 312 líderes de micro, pequenas e médias empresas de diversos setores da economia e buscou entender a experiência da transformação digital após a pandemia, considerando tendências, expectativas e necessidades sobre fatores-chave da digitalização.
Apesar do avanço e visto sua constante evolução, é preciso buscar entender quais são os principais pontos fracos do mercado e como é possível ajudar a alcançar os objetivos e fazer mais com menos. A tecnologia é considerada uma aliada pela maioria das empresas na hora de enfrentar desafios de negócios, como os relacionados à cadeia de suprimentos, onde as soluções podem ajudar a otimizar processos, dar suporte para resolver questões relacionadas à eficiência e produtividade, além de serem aliadas para a adaptação ao modelo de trabalho híbrido.
Para uma empresa sobreviver e se manter competitiva no mercado, atualmente, é preciso ter a inovação como um pilar do negócio. Neste processo, gestores estão priorizando a otimização do uso de dados para a inteligência de tomada de decisões, buscando o recrutamento e treinamento de talentos em tecnologias diversas e focando na aquisição e adoção de novas plataformas.
Esse movimento acontece porque, por meio da inovação, as MPMEs conseguem enxergar mais oportunidades de mercado e uma forma de gerar mais ganhos operacionais e comerciais. Além disso, apostar em novos recursos pode apoiar na conquista de novos nichos e na melhora da relação com clientes e fornecedores.
Apesar do avanço que tivemos, quando se trata de criar uma cultura de transformação digital, temos ainda um longo caminho para as MPMEs, visto que poucas delas têm essa prática recorrente. O importante é que elas começaram a entender que para sobreviver e se manter competitivas na economia 4.0, é necessário não apenas investir em inovação, é preciso fazer com que ela faça parte de seu DNA.
(*) É fundador e CEO da Sauter Digital. Startup fundada em meio à pandemia em 2020, e hoje é referência em serviços de Cloud, Analytics e Engenharia de Software. Em apenas 2 anos a empresa saiu do zero, para registrar R$32 milhões em 2022. Com mais de 100 pessoas em seu time, está sediada em São Paulo e atende clientes no Brasil, Chile, Argentina, México e outros.