O Brasil registrou 7 fusões e aquisições de empresas de Educação no primeiro trimestre de 2023, uma queda expressiva de 63% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, quando 19 transações desse tipo foram realizadas, evidenciando um cenário setorial de baixa. Das 7 transações do primeiro trimestre de 2023, 5 foram domésticas e 2 do tipo CB1, quando empresa de capital majoritário estrangeiro adquire, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil. Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
O setor de educação apresentou o melhor desempenho em quantidade de fusões e aquisições em 2022, totalizando 53 operações. Foi a melhor marca da série histórica desde 2008. “Com isso, é natural que haja um período de retração e acomodação no mercado, pois as entidades estavam integrando os negócios recém-adquiridos. Foi o que ocorreu no início de 2023. Além disso, o mercado também estava aguardando decisões que poderiam afetar e alterar os rumos do setor de educação no Brasil”, afirma Marcos Boscolo, sócio-líder do setor de Educação da KPMG no Brasil.
Os setores que mais se destacaram no primeiro trimestre de 2023 foram companhia de internet com 81 transações, tecnologia da informação com 66, e instituições financeiras com 36. Os outros que receberam investimentos foram os seguintes: companhia de serviço com 15; mídia e telecomunicação com 24; companhias de energia, 14; seguro, 11; hospitais e laboratório de análises clínicas, 14; e transportes 12.
A pesquisa da KPMG revelou ainda que foram realizadas 372 operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 32,7% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram fechados 553 negócios. Este número também aponta para um cenário de estabilidade com leve recuperação em relação aos dois trimestres anteriores onde foram concluídas 370 e 344 transações respectivamente. Estas são as principais tendências observadas no levantamento realizado trimestralmente.
“Aparentemente, as atividades de fusões e aquisições se estabilizaram neste novo patamar de negócios desde a queda pelo apetite em transações relacionadas às empresas de tecnologia verificada no primeiro semestre de 2022. Outro fator que contribui para esta redução é o agravamento do cenário econômico global e local”, analisa Luis Motta, sócio-líder de Fusões e Aquisições Proprietárias da KPMG no Brasil.