Ao longo da última década, o debate sobre as mudanças climáticas tem evoluído junto à urgência de eventos extremos que têm ocorrido ao redor do mundo. Se antes as cobranças eram muito concentradas em políticas de estado que garantissem a preservação do meio ambiente, hoje o que se vê em grandes eventos globais, como o Fórum Econômico Mundial e a Conferência do Clima da ONU (COP), é uma convocação também do setor privado. Empresas não devem apenas participar do debate, mas sim propor soluções, caminhos e metas práticas que ajudem a garantir que o impacto de seus negócios no clima seja cada vez mais sustentável.
Há algumas razões que tornam esse compromisso com a redução do impacto global fundamental a empresas. A principal é a visão de longo prazo. Nenhuma companhia com um negócio consolidado pensa apenas nos próximos cinco anos. A construção de um negócio sustentável passa por ajudar a garantir que as próximas gerações tenham um mundo saudável, ambientalmente e economicamente falando. Diferentes ações beneficiam toda a cadeia produtiva e a sociedade. O olhar das lideranças precisa estar voltado para desde a garantia de matérias-primas por meio de reciclagem, reaproveitamento e desenvolvimento de tecnologias que prolongam o ciclo de vida útil de componentes, com otimização de custos, fomento de políticas que impactam diretamente na saúde de colaboradores e consumidores, até a manutenção de ecossistemas fundamentais para a longevidade de diferentes setores.
Quando pensamos em curto prazo, ou mais precisamente o que estamos vivendo agora, há diversos levantamentos que mostram que as pessoas já colocaram a questão da sustentabilidade como um dos principais fatores de decisão de compra de um produto ou serviço. O relatório A Ascensão da Mídia Sustentável, feito pela Dentsu International e a Microsoft Advertising, a partir de pesquisa com mais de 24.000 pessoas de 19 países, mostrou que 59% dos entrevistados admitem boicotar as marcas que não tomam medidas positivas em relação ao tema. Além disso, 91% esperam que as empresas sejam mais transparentes e dê o exemplo sobre as ações positivas que fazem.
Nesse aspecto, acredito que quanto mais as pessoas usem ou consumam algum produto ou serviço, mais elas irão se perguntar se a empresa por trás daquele bem está tomando as medidas necessárias para minimizar o impacto dos seus negócios. Dispositivos móveis, como smartphones, tablets e notebooks passaram a fazer parte do centro de nossas rotinas. Eles são um caminho para a inclusão digital, ajudam a democratizar a tecnologia e trazem bem-estar. E, recentemente, também passaram a ser bons exemplos de como podemos criar produtos mais sustentáveis.
Nos novos smartphones da linha Galaxy S23 5G, da Samsung, lançados em fevereiro, aumentamos consideravelmente o uso de materiais reciclados. Saltamos de seis componentes internos no Galaxy S22 Ultra 5G para 12 componentes internos e externos no Galaxy S23 Ultra 5G. A linha Galaxy S23 5G também traz uma maior variedade de materiais reciclados do que qualquer outros smartphone Galaxy, incluindo alumínio e vidro reciclados pré-consumo e plásticos reciclados pós-consumo provenientes de redes de pesca descartadas, barris de água e garrafas de tereftalato de polietileno (PET).
Neste aspecto, o Brasil tem um papel fundamental em levar essas inovações em primeira mão para os brasileiros. A Samsung está há mais de três décadas presente no país, mantendo duas fábricas e centros de pesquisa e desenvolvimento em Manaus e Campinas. Toda a estratégia global de utilização de materiais reciclados passa também pela fabricação local desses dispositivos, que chegaram ao mercado brasileiro pela primeira vez na mesma data de lançamento do anúncio global.
Falando na nossa relação com os brasileiros, temos visto que ao oferecer inovações e serviços mais sustentáveis, também aumentamos a conscientização sobre a importância de que elas também reduzam o seu impacto no meio ambiente. O programa de reciclagem e logística reversa da Samsung é um bom exemplo. Em 2022, o programa apresentou um aumento de 164% em resíduos eletrônicos destinados à reciclagem. O número engloba produtos eletrônicos de todos os portes e de todas as marcas, de baterias e carregadores a smartphones, TVs e geladeiras, dentre outros, além de impulsionar a educação ambiental por meio de campanhas e ações de engajamento.
Essas iniciativas estão na esteira de uma estratégia da Samsung que foi anunciada em 2021, numa iniciativa chamada de Galaxy for the Planet. Além de incorporar materiais reciclados em diversas linhas de produtos, a companhia estabeleceu uma série de metas para redução de impacto ao longo dos próximos anos. Entre os compromissos, até 2025, a iremos incorporar materiais reciclados em todas as linhas de produtos e eliminar o uso de plásticos nas embalagens. Até 2050, a meta é zerar emissões líquidas de carbono em toda a empresa. Essa visão engloba, ainda, planos para usar mais energia renovável, pesquisar e investir em novas tecnologias para o desenvolvimento de produtos com eficiência energética, aumentar a reutilização de água, além do desenvolvimento de tecnologia de captura de carbono.
A estratégia em sustentabilidade prevê utilizar a influência e escala da Samsung para inspirar a criação e uso de tecnologia democrática e sustentável, engajando diversos agentes da cadeia, da produção ao uso final. Embora sempre haja espaço para melhorias, o mercado de dispositivos móveis como um todo está preparado para defender a economia sustentável, catalisando mudanças e aproveitando o potencial brasileiro ao máximo. Reforço a mensagem dita por TM Roh, presidente e chefe de mobile experience da Samsung Electronics, durante o anúncio dos novos Galaxy S23: “A tecnologia mais impactante é medida não apenas pelo que permite às pessoas atualmente, mas também por como contribui para um futuro melhor”.
(Fonte: Gustavo Assunção, Vice-presidente de Mobile Experience da Samsung Brasil).