Houve uma queda no número de mulheres na liderança de acordo com o novo estudo global “Mulheres na liderança: por que a percepção supera os números – e o que fazer a respeito” do IBM Institute for Business Value (IBV) e Chief, que entrevistou 2.500 profissionais de organizações em 12 países, incluindo o Brasil.
O estudo constatou um pequeno aumento no número de mulheres no nível C-suite e Conselho (agora 12% para ambos) e um aumento para 41% na representação de mulheres em profissionais juniores/especialistas (37% em 2021) no Brasil.
No entanto, o número para cargos de liderança ainda não recuperou os níveis pré-pandêmicos — 14% de representação de mulheres em cargos de vice-presidente sênior (18% em 2019) e 16% em cargos de vice-presidente (19% em 2019) no mundo.
A queda na ocupação destes cargos é ainda maior para profissionais seniores e gerenciais não executivos, e globalmente a porcentagem de mulheres ocupando esses cargos é de 30% – com o Brasil em 29%.
Além disso, menos da metade (45%) das organizações pesquisadas no Brasil relatam que promoveram a inclusão de mulheres em cargos de liderança como uma prioridade nas estratégias de crescimento das empresas — acompanhando a tendência global.
“O estudo mostra que as organizações precisam priorizar formalmente o avanço das mulheres — e todos os grupos historicamente sub-representados — e tomar medidas específicas para desafiar o viés inconsciente”, afirma Stephanie Stolfo, Líder de Diversidade e Inclusão para a IBM América Latina
“Não basta apenas criar programas de diversidade sem colocar em prática políticas de implementação e continuação destas ações. Desafiar barreiras e o pensamento limitante é fundamental para promovermos crescimento social e econômico”. O estudo também aponta que:
- – Otimismo está aumentando, mas não reflete a realidade – entrevistados no Brasil estimam que sua indústria verá a equidade de gênero na liderança em 8 anos ou menos. Mas a realidade é que, no atual ritmo de mudança mostrado na pesquisa, a equidade de gênero ainda está a décadas de distância.
- – As habilidades consideradas fundamentais para a liderança também permanecem relacionados ao gênero – entrevistados compartilharam que as habilidades mais importantes para que os homens sejam valorizados como líderes são criatividade e a orientação a resultados, e por serem assertivos, ousados, decisivos e corajosos. Em paralelo, espera-se que as mulheres sejam estratégicas, visionárias e negociadoras habilidosas para serem promovidas a uma posição de liderança no Brasil.
- – A pandemia continua a ter um impacto desproporcional para as mulheres: entrevistados em todo o mundo – e no Brasil – classificam o impacto da pandemia como uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas mulheres, reconhecendo o imenso e duradouro impacto que isso causou a elas. Existe um roteiro para o progresso sustentável com base nas práticas de liderança coletadas na pesquisa, incluindo:
A – Reformule a promoção da liderança feminina direcionada aos resultados nos negócios, demonstrando os lucros resultantes da correção da desigualdade de gênero.
B – Dê força à sua estratégia e coloque diretrizes e medidas específicas no plano de ações de sua organização, como definir metas mensuráveis para o avanço das mulheres, por exemplo.
C – Promova um plano de ações destinado a impulsionar a equidade de gênero em toda a equipe de liderança, indo além do treinamento de conscientização, usando técnicas de aprendizado experimental, interpretação de papéis e mentoria reversa para mudar preconceitos.
D – Redesenhe funções na liderança que funcionem para os melhores talentos, por exemplo, limitar os critérios de contratação a um conjunto básico de requisitos neutros em termos de gênero. – Saiba mais em: (https://www.ibm.com/ibv) – Fonte: AI/IBM.