O mercado de tecnologia é um dos mais versáteis e com potencial de evolução. Muito do que consumimos hoje (e já nos acostumamos a utilizar), como smartphones, por exemplo, não era uma realidade há 15 anos e, nos próximos 15, as constantes inovações podem até torná-los “ultrapassados”.
Por isso, saber se adaptar às mudanças e entender as tendências se tornaram práticas essenciais para o crescimento de uma empresa, seja para solidificar marcas, alavancar vendas, aproximar-se do consumidor, estar em consonância com o mercado ou uma soma entre todos esses fatores. Um dos movimentos é o das realidades Virtual (RV) e Aumentada (RA).
De acordo com dados da Bloomberg Intelligence, com o advento do metaverso, segmentos como RV e RA, games, cloud e outros devem movimentar mais de R$ 4 trilhões até 2024, o que, segundo a Forbes, é consequência da aposta da Meta, conglomerado de tecnologia e mídia social de Mark Zuckerberg, de investir mais de R$ 770 milhões e contratar mais de 10 mil profissionais para a criação do seu ambiente virtual.
Raphael Magri, fundador e CEO da RD3 Digital, pioneira no Brasil em Realidade Aumentada, destaca o leque de possibilidades. “São tecnologias que podem ser desenvolvidas em praticamente todas as áreas, como varejo, industrial, treinamentos corporativos e educação, sendo este último uma grande chance de revolucionar o ensino como conhecemos hoje, trazendo muito mais interação e um aprendizado mais dinâmico do que o tradicional”, explica.
Assim, a empresa projeta um crescimento de 40% em 2023, graças à alta demanda. Segundo Magri, em 2022, foram 24 projetos entregues, e existem mais cinco em andamento. “Desenvolvemos projetos como os aplicativos de Halloween para a Fanta e de Natal da Coca-Cola pelo terceiro ano consecutivo. Também temos uma parceria importante com a Samsung, para o setor de educação, e trabalhos com empresas como Pirelli, Dexco e Ambev. Nosso nicho está em plena e constante expansão e progressão.
O mercado percebeu que o advento da tecnologia, como RA e RV, em nosso caso, já não é mais um ‘luxo’, mas, sim, uma necessidade, pois traz ferramentas que, a cada dia, conversam com mais consumidores e clientes”, comenta. A RA possibilitou que diversas empresas, como Snapchat e Instagram, criassem ferramentas para “viralizar” nas mãos dos usuários. Nos games, o Pokémon GO se tornou um case de sucesso ao levar milhares de pessoas às ruas para caçar os “monstrinhos”.
No varejo, sites de móveis usam a tecnologia para criar ambientes, utilizando a estrutura física onde o usuário se encontra para projetar, via celular, objetos virtuais realistas, como um sofá ou uma cadeira, em tamanho verdadeiro e com cores e detalhes idênticos ao produto real, o que tira a obrigação da visita física à loja.
Isso se reflete na geração de empregos, que está em um bom momento desde 2021. Segundo dados do Caged, o Brasil teve um saldo positivo de mais de 135 mil vagas com carteira assinada – Fonte: (https://www.rd3.digital/).