Um KPI é um “key performance indicator”, quer dizer, um indicador chave de performance. Um número que mostra se você, suas estratégias e seus resultados estão funcionando ou não.
Vejo muitas empresas e muitos profissionais com ideias maravilhosas, perdendo-se no meio do caminho por falta de assertividade na gestão de seus negócios e até mesmo de suas próprias ideias. É fácil ter ideias e apaixonar-se por elas. O difícil é converter uma ideia em um plano de negócios e atingir um grau de maturidade e isenção que permita a análise objetiva dessas ideias e dos resultados que elas estão trazendo efetivamente ao negócio que se propuseram gerar ou ajudar a alavancar.
Nesse contexto ter KPIs é essencial para definir o norte, o rumo a ser seguido. Sem um KPI qualquer análise pode mascarar resultados e tornar-se simplesmente uma observação subjetiva, sem fundamento e que não garante o sucesso da empresa ou do profissional. Um KPI é um número que indica o comportamento padrão, em com base em KPIs podemos propor projetos de melhoria. Por exemplo, se em uma escola de inglês vê-se que metade dos alunos que finalizam contratos, renovam esses contratos, podemos dizer que o KPI de renovação dessa escola é de 50%. Qualquer mês com menos de 50% de renovação pode ser considerado um mês de baixo resultado de renovação, ao passo que meses com renovação superior a 50% podem ser considerados meses bons em renovação. Ter um KPI nos ajuda a comparar e analisar performance de forma clara e objetiva. Medir KPIs nos permite familiaridade com nossos resultados e nos orienta na definição de metas.
Toda meta deveria ser composta por 5 elementos. Didaticamente a indústria usa o termo SMART para definir como montar um bom objetivo. SMART é uma sigla que contém em si os 5 aspectos que todas as métricas precisam ter para medir de forma eficaz o sucesso de um projeto ou iniciativa.
S representa “specific”, quer dizer, todas as métricas precisam ser específicas. Nenhuma métrica pode ser genérica, porque não conseguimos medir o que é genérico. M representa “mensurável”, quer dizer, toda métrica precisa poder ser medida, virar um número. A representa “atingível”: metas impossíveis não devem ser aceitas como metas de empresas sérias. R representa “relevante”, e nos lembra de que não tem sentido criar metas para projetos que não são realmente importantes para nosso negócio. T representa “temporal”, e nos mostra que as metas precisam medir resultado em um determinado período de tempo.
Sabe aquela meta de “aumentar faturamento”? Ela é o exemplo perfeito de uma meta fadada ao insucesso. Aplique SMART a essa meta: “aumentar faturamento crescendo o KPI de 50% de renovação de contratos para 70%, entre os meses de janeiro, fevereiro e março, através de implementação de campanha de renovação com matrícula gratuita”. Pronto: temos um número mensurável (25% de crescimento em renovações), um resultado quantificado esperado dentro de um período de tempo (3 meses) e uma campanha sendo avaliada (renovação com matrícula gratuita).
Saber seus KPIs e montar campanhas com objetivos SMART são essenciais para qualquer empresa. Criar e implantar projetos que não tem indicadores simples e rastreáveis são receita de fracasso e perda de motivação de qualquer empresa e grupo de colaboradores.
Carol Olival tem um perfil interdisciplinar. Com graduação em Arquitetura e Urbanismo, pós-graduação em Administração, MBA em Empreendedorismo e Inovação e Mestrado em Marketing Digital, Carol Olival conta com mais de 20 anos de atuação no mercado de educação. Tem foco nas áreas de vendas e marketing e experiência como empreendedora e gestora de escolas próprias. Autora de três livros sobre educação e treinamento corporativo e TEDx speaker, hoje Carol atua como Community Outreach Director da Full Sail University, provendo constantes debates sobre como o binômico criatividade e tecnologia são necessários a todos profissionais do cenário atual, e o papel da educação dentro desse contexto.