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Uma nova corrida espacial envolve China e Estados Unidos

em Tecnologia
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

O administrador da Nasa, Bill Nelson, ex-astronauta e senador pela Flórida, disse que os Estados Unidos e a China estão disputando uma corrida espacial, e que o país precisa trabalhar para impedir que seu rival tente dominar os recursos naturais da Lua, eventualmente reivindicando a “propriedade” de áreas do satélite da Terra.

Vivaldo José Breternitz (*)

Segundo Nelson, a disputa entre os dois países está se intensificando, devendo os Estados Unidos tomar cuidado para que os chineses não assumam o controle de áreas da Lua, alegando estarem realizando pesquisas científicas e não possam dizer algo como “fiquem longe, este território é nosso.”

Em 2022 a China montou uma estação espacial em órbita da Terra e lançou várias naves que entraram em órbita lunar e colheram amostras do solo da Lua. O país pretende estabelecer em 2025 uma estação de pesquisa perto do polo sul de nosso satélite. A Nasa, por sua vez, completou recentemente a missão Artemis I, preparatória para volta de astronautas à superfície lunar.

Os americanos dizem-se alarmados com atividades militares chinesas no espaço: a tenente-general Nina Armagno, da Força Espacial americana, disse que “é muito provável que eles possam nos alcançar e nos ultrapassar – o progresso que fizeram foi impressionante – incrivelmente rápido.”

Mas Pequim rejeita interpretações americanas sobre os motivos de suas atividades espaciais, tendo a embaixada chinesa em Washington afirmado que o espaço sideral não é um campo de luta e que autoridades americanas fazem afirmações irresponsáveis para prejudicar os esforços legítimos da China na área. A mesma fonte afirma que a China defende o uso pacífico do espaço, e que trabalha ativamente para construir um futuro compartilhado para a humanidade no campo espacial.

Além da Lua, como os Estados Unidos, a China vem pensando em intensificar atividades para a chegada a Marte.

(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.