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Mastite na produção leiteira: o que preciso saber?

em Agronews
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Foto por Megumi Nachev em Unsplash

A incidência de mastites nas fazendas produtoras de leite é uma das principais, se não a principal, fontes de prejuízo do produtor, acarretando uma redução da produção, o descarte de leite, o aumento de gastos com serviços veterinários e medicamentos, o descarte involuntário, e, em alguns casos a morte do animal afetado.

A doença é caracterizada pela inflamação das glândulas mamárias e pode ser classificada como mastite subclínica, quando a vaca não apresenta sinais evidentes da doença e não é possível observar alterações visíveis no leite, e mastite clínica, onde ocorrem alterações visíveis no leite e no animal acometido, que, inclusive, pode mostrar sinais e sintomas de infecção sistêmica ou generalizada.

“Na mastite clínica são observadas alterações no leite, que tende a ficar mais ralo, podendo haver presença de grumos, sangue e pus, ou mesmo ocorrer a ausência de produção, chamada agalaxia. No úbere podem ocorrer alterações como inchaço, dor, aumento da temperatura e vermelhidão. Em alguns casos, as vacas afetadas podem apresentar febre, prostração, redução ou falta de apetite, desidratação, coma e morte”, detalha João Otávio Rodrigues, médico veterinário, gerente da linha de leite na unidade de pecuária da Ceva Saúde Animal.

A reação inflamatória decorrente da mastite clínica é uma tentativa do organismo da vaca de eliminar o agente causador do problema. Em alguns casos, pode levar à destruição do tecido glandular secretor de leite e acarretar uma queda de produção permanente, decorrente da substituição deste tecido por fibrose. Essa substituição tecidual é um processo irreversível, fazendo com que a vaca já não produza mais leite no quarto mamário afetado. Por este motivo, os animais que apresentam sintomas de mastite clínica demandam uma rápida intervenção contra o agente causador da moléstia.