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A economia remota ditando transformações no presente e futuro

em Opinião
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Gustavo Brant (*)

Muito se fala nos relacionamentos que desenvolvemos nesses últimos anos.

Obviamente, estão em constante movimento e, com esse comportamento híbrido que temos adotado, houve impactos na forma que trabalhamos, consumimos, com desdobramentos importantes nas experiências que vivenciamos diariamente. Talvez porque mudança é algo tão inegociável, ainda é surpreendente que as transformações continuem a pegar de surpresa pessoas e marcas.

As maneiras de se relacionar estão diferentes e permanecerão em mudança. E os líderes precisam mais do que acompanhar, mas estarem receptivos e flexíveis a essas modificações. Eu mesmo passei por essa experiência. Havíamos conquistado um novo espaço físico, que passou por reformas para o nosso time. Só que a pandemia nos trouxe o formato híbrido.

Além do conforto do escritório, foi preciso colocar foco na tranquilidade e segurança de nossos times ao trabalharem de casa. Justamente para continuarmos com o suporte a tantas companhias que não estavam preparadas para operar de forma online. A diferença, é que estamos prontos, desde o começo, para o novo. Nascemos de uma inovação. E vamos mudar sempre que for necessário para continuar a ajudar pessoas e empresas a se transformarem.

Isso nos ajuda a olhar para a forma que a sociedade vem se adaptando, em um formato mais leve e produtivo possível, a esses novos modelos. E é um exercício diário olharmos para clientes e colaboradores, para onde estão migrando, o que estão precisando, refletindo, experimentando.

A chave para triunfar nessa mudança está no que realmente importa em nossas vidas: nossas famílias, nossa comunidade e nosso ofício. A pandemia despertou na força de trabalho global um desejo renovado por significado, equilíbrio e responsabilidade no trabalho e na vida. Evoluir para atender a essas novas necessidades não será fácil, e não agir de forma rápida e flexível é uma proposta impensável.

Enquanto a economia tradicional vacilava durante a pandemia, o modelo econômico remoto surgiu e nos mudou. Empresas como Zoom, Netflix e Amazon tornaram-se serviços essenciais para o trabalho, a vida e a sanidade. Da noite para o dia, o trajeto opressivo, o almoço ensacado comido em uma mesa e a bancada de pingue-pongue obrigatória na sala de descanso tornaram-se relíquias de um passado distante.

Nesse formato, não era mais possível imprimir páginas e páginas de contratos, designar serviços de malote e esperar por mais de 30 dias para um documento ser assinado e um negócio concretizado. Adotar a economia remota significa optar pela flexibilidade. Ser maleável representa negócios com mais praticidade, rapidez e eficácia, mas sem deixar de lado o relacionamento: as trocas sociais que tanto se mostraram importantes no período pandêmico.

Para fazer planos é mandatório ouvir as pessoas. Só assim entendemos o que é melhor para todos e como podemos fazer parte do processo. Para as empresas, o conceito de economia remota ainda precisa encarar desafios com colaboração, inovação e, até certo ponto, a profundidade de nossas conexões interpessoais de trabalho. No entanto, traz a esperança de um crescimento revolucionário e diversificação da força de trabalho e de um alcance muito maior por parte do mercado.

As pessoas estão cada vez mais escolhendo empresas que compartilham seus valores e manifestam orgulhosamente esses conceitos em todas as decisões de negócios. O que uma vez pode ter sido considerada uma tendência, agora é algo concreto. Os consumidores querem mais: integração, sustentabilidade e marcas responsáveis. Para acompanhar o ritmo das mudanças, liderança clara e evolução constante das estratégias digitais são chave.

De acordo com uma pesquisa realizada pela IBM, desse ano, 44% deles escolhem produtos e marcas com base em como eles se alinham aos seus valores, direcionados pelo propósito. É notório que há, inclusive, uma tendência de se pagar a mais se esse produto representa sustentabilidade. Isso não quer dizer que o propósito de vida de cada indivíduo se tornará homogêneo.

Nem é dizer que se você não for uma estrela de negócios, não terá lugar na economia.
Mas é inegável que a sociedade espera que o tempo de trabalho e de consumo desempenhem um papel importante na melhoria de nosso futuro coletivo.

(*) – É GVP da DocuSign para América Latina (www.docusign.com.br).