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A demanda por agilidade impulsiona o papel da TI nas empresas

em Destaques
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Sandra Maura (*)

Dizem que tempo é dinheiro. Ninguém sabe ao certo quem é que cunhou essa frase, mas o fato é que essa expressão se aplica muito bem à realidade de empresas de todos os tipos, formatos e tamanhos. Mais ainda quando o tempo em questão é para responder um imprevisto. Já imaginou o que representaria um dia parado em sua companhia?

Para diversos segmentos, podemos reduzir essa mesma dúvida para menos de um segundo fora do ar. Neste cenário em que qualquer mínima interrupção e demora pode significar muito prejuízo, ter agilidade tornou-se um predicado indispensável para a sustentação dos negócios. E é essa demanda, no caso, que tem colocado a TI como uma área-chave para as operações.

Segundo pesquisa da Deloitte, por exemplo, 67% dos líderes executivos hoje concordam que melhorar a agilidade dos negócios é uma alta prioridade em suas organizações como um todo. O papel da TI, para tanto, é assegurar ou maximizar a disponibilidade dos recursos de tecnologia para que colaboradores e clientes obtenham sempre a melhor experiência possível.

Em outras palavras, na era digital e hiperconectada, o time de TI tem a missão de ajudar a garantir que suas companhias mantenham-se em alta performance, aprendendo e se adaptando frente aos desafios trazidos pelo dia a dia. Para conquistar essa agilidade, porém, é preciso que as lideranças técnicas e de negócios resolvam algumas questões. A primeira delas, sem dúvida, é a priorização entre as ações.

Por exemplo: além de manter tudo em pleno funcionamento, o time de TI geralmente também tem a tarefa de identificar, mapear e aplicar as tendências de inovação específicas para o sucesso do core business da empresa. Sendo assim, como equilibrar a transformação digital, com as inovações, e a sustentação diária sem perder nenhum tempo qualquer?

Uma resposta para isso, certamente, está na promoção de um planejamento estratégico robusto, com a tecnologia permeando as iniciativas como um todo. Isso significa estabelecer quais são os projetos mais importantes do ponto de vista dos negócios e quais ações podem ser realizadas posteriormente – ou em outro ritmo.

Também é importante que as companhias avaliem obrigações regulamentares e setoriais, bem como alterações que visem o fortalecimento estrutural (pense em cibersegurança, por exemplo). Outra dica importante é cada vez mais investir em automação. Há soluções inteligentes – e bastante completas – para identificar potenciais vulnerabilidades, brechas, pontos de atenção etc.

Um contexto que essa tendência está em evidência é a gestão de espaços e infraestrutura, no qual as plataformas podem acionar o suporte sempre que necessário para alertar sobre a necessidade de disponibilização de um determinado recurso ou, ainda, para programar ações de manutenção, limpeza e checagem prévia – o que poupa tempo e esforço das equipes no monitoramento.

Além disso, é preciso considerar a soma de esforços como um fator preponderante para otimizar a relação de inovação e sustentação vivida pelas equipes de tecnologia. Hoje, temos visto que as organizações que conseguem responder de forma mais rápida às mudanças do mercado são aquelas abertas à colaboração.

Para tornar o trabalho de inovar mais ágil e eficiente, as empresas devem cada vez mais considerar o modelo de atuação distribuída, com parceiros capacitados a ajudar nesse trabalho de implementar as soluções mais modernas de TI e orquestrar as infraestruturas com a precisão e eficiência necessárias.

A agilidade na tomada de decisão nos negócios, sem dúvidas, também é fundamental para acompanhar a dinâmica em constante mudança da tecnologia, incluindo Inteligência Artificial, Big Data, Analytics e tantos outros recursos. Ao permitir que parceiros especializados ajudem neste processo de operação, as companhias ganham fôlego, talento e energia para focar no que realmente fará a diferença no atendimento aos clientes e na satisfação dos colaboradores.

Essa abordagem ajuda as empresas a expandirem suas linhas de produtos, entrarem em novos mercados, simplificar suas operações da cadeia de suprimentos e muito mais.
Na era da transformação digital, a agilidade nos negócios não é mais uma opção. Ser ágil é um elemento vital de qualquer negócio de sucesso. Mas essa agilidade não pode vir sem inteligência e nem moldada no improviso.

É preciso deixar claro, porém, que a busca por essa agilidade inteligente não é uma missão em que as empresas podem vencer sozinhas. Neste cenário sempre em franca transformação, sairá melhor quem souber encontrar as pontes certas para percorrer o caminho a ser conquistado.

(*) – É CEO da TOPMIND (https://topmind.com.br/).