Conceito relativamente novo, a Web 3.0 tem impactos que vão além do desenvolvimento de produtos para o universo digital. No contexto do consumo online, essa nova fase da internet é marcada pela descentralização (com bancos virtuais e novas formas de pagamento, por exemplo), maior privacidade de dados (com a LGPD) e experiências de compra através da virtualização.
Assim, quem quer apostar em um e-commerce que engaje e atraia os consumidores, a web 3.0 pode ser traduzida na aposta em experiências mais realistas. Leonardo Gevaerd, coordenador de Inovação da Híbrido, consultoria especializada em soluções para desenvolvimento e posicionamento de e-commerces, diz que esse movimento está muito além do metaverso.
“É importante entender que para a web 3.0 ser realmente acessível à maioria do varejo virtual, ela precisa ser mais precisa em alguns aspectos, especialmente no custo-benefício. Por isso, hoje o metaverso, por exemplo, está muito distante de boa parte das empresas, mas há muitos outros fatores da web 3.0 para engajar o consumidor”, avalia.
A realidade aumentada, de acordo com o executivo, é um dos pontos que mais se destaca quando o assunto é web 3.0.
“A experiência de, por exemplo, ver como determinado objeto vai ficar na sua casa antes de comprar, ou aplicar virtualmente a tinta na parede antes de efetuar a compra são fatores que tornam a experiência de compra no e-commerce mais assertiva e resolutiva”, diz. Além de um consumidor mais engajado e satisfeito, questões como devolução do item e desistência da compra devem ser reduzidas com esse tipo de aplicação.
O estudo Consumer Augmented Reality, da Delloite, reafirma o que o profissional da Híbrido aponta: a expectativa é de que investimentos em soluções de realidade aumentada em todo o mundo devem ir de US$ 12 bilhões em 2021 para
US$ 72,8 bilhões em 2024.Para além do status – é preciso converter vendas para alavancar a web 3.0
Enquanto alguns fatores da web 3.0 são vistos como investimentos fora da realidade – como o próprio metaverso, aplicações que façam mais sentido para o negócio no curto prazo já devem ser consideradas.
“Hoje já temos muitas empresas pensando em novas formas de pagamento, como em criptomoeda. Além disso , as NFTs estão se popularizando. Ainda assim, são realidades que nem sempre casam com o momento do e-commerce de uma média empresa”, destaca Leonardo.
Para o curto prazo, projetos para e-commerce de diferentes segmentos no país já mostram que é possível criar experiências hiper-realistas para os clientes. Além da realidade aumentada, aplicações em 3D passam a ganhar espaço, garantindo a experiência sensorial para uma compra dentro da expectativa do consumidor, que tende a retornar à loja virtual em novos momentos de consumo.
Fonte e mais informações: (www.hibrido.com.br).