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Para muitas empresas, sonho de transformação digital se torna pesadelo

em Destaques
segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Possibilidades de manter relações a distância, fácil acesso e divulgação de informações, melhora de processos internos e relacionamento com clientes, aumento do desempenho de colaboradores e tomadas de decisões mais assertivas. Essas são somente algumas das qualidades do advento das tecnologias para as empresas, independentemente do porte ou do segmento.

E se elas já vinham se destacando, com a pandemia se tornaram essenciais, fazendo com que alguns negócios sobrevivessem e outros crescessem mais, o e-commerce, por exemplo. Contudo, nem só de flores vive esse cenário. À medida que a demanda por tecnologia cresce, aumentam também as opções de produtos e serviços e, com tanta oferta, expandem-se os casos de arrependimento das compras.

Tal realidade foi constatada pela Gartner, a qual descobriu que 56% das organizações revelaram ter se lamentado por ter adquirido tecnologia em grandes projetos nos últimos dois anos. Para chegar a esse consenso, a empresa, especializada em pesquisa e consultoria de Tecnologia da Informação em nível global, ouviu 1,1 mil executivos na América do Norte, Europa e Ásia sobre o tema.

Mesmo o levantamento não abrangendo os brasileiros, por aqui o resultado seria bem semelhante, já que o principal motivo para a frustração esteve relacionado à mudança no perfil dos compradores de projetos de tecnologia, dos quais 67% não são da área de TI.

“Ou seja: a decepção vem porque os empreendedores, sócios, CEOs e líderes não conhecem a fundo a empresa que dirigem, prática essa indispensável, com o auxílio da tecnologia, para conseguir crescer de forma consistente, aproveitar o time que se possui, direcionar o trabalho e garantir melhores resultados”, explica Atila Nicoletti, responsável pela liderança de Vendas e Alianças da Run2biz.

Mesmo o setor de Tecnologia sendo um dos que mais cresce nas empresas, existem aí três problemas: o primeiro é a demanda por profissionais qualificados, a qual aumenta diariamente. Para se ter uma ideia do déficit, um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação aponta que a carência por profissionais dessa área pode chegar a 260 mil, até 2024.

O segundo é que a Tecnologia, sozinha, não é capaz de fazer nada. E, por fim, com mais tecnologia e mais formas diferentes de usá-la, é claro que há necessidade de um gerenciamento eficiente e ainda muitas complicações em implantá-la. Diante dessas dores, Atila alerta que, antes de começar um processo de evolução na Transformação Digital da empresa, é necessário se atentar a três pontos:

  1. – Observabilidade – consiste na capacidade de investigar e coletar métricas de ambientes, de servidores ou de aplicações em produção, descentralizado ou em nuvem, distinguindo e compreendendo todos os processos e emitindo alertas para solucionar e resolver incidentes de desempenho.

Destacam-se aqui as soluções AIOps e APM, que contam com um poderoso suporte da tecnologia de Machine Learning.

  1. Processos – por meio da digitalização dos processos ou fluxos de trabalho, é possível analisar riscos, facilitar a gestão, verificar os resultados e obter relatórios em tempo real, com dados leais, o que coopera para considerações atuais e para tomadas de decisão certeiras, tendo uma visão 360º do negócio.
  2. Transformação Digital – para implementá-la de fato não basta só o profissional de TI comprar tecnologias e mantê-las funcionando. Além de um profundo entendimento sobre o negócio, é preciso fazer a conexão entre Pessoas, Processos, Negócios e Tecnologia a fim de garantir os melhores benefícios possíveis.

Esses tópicos foram explorados tanto por Atila quanto por Carlos Almeida, diretor de vendas na Service IT, que, para desenvolver uma empresa devidamente capacitada na era digital, é prioridade o gerenciamento e o controle eficientes em toda a organização.

Segundo eles, não há oportunidade de Transformação Digital se todos dentro da organização não sentirem as vantagens do desenvolvimento, da eficiência e da intangibilidade dos serviços digitais.

“Se não houver planejamento, o que deveria trazer eficiência traz o caos. Simples assim. É como diz um ditado corporativo: na empresa, todo mundo vende, todo mundo atende”, pontua Carlos Almeida. – Fonte e mais informações: (service.com.br) e (run2biz.com).