Vitor Caram (*)
A transformação digital foi acelerada por conta da pandemia, o que provocou mudanças profundas na região da América Latina.
Segundo o relatório Latin American Digital Transformation Report 2021, a tendência é que a evolução digital alcance patamares ainda mais altos nos próximos anos e que tenhamos um amadurecimento do ecossistema. Hoje, temas como blockchain, inteligência artificial e metaverso se tornaram pauta de discussões do dia a dia das empresas
Com os avanços do 5G, a introdução de infraestruturas de computação de borda e a implementação de sistemas na nuvem, tornou-se fundamental investir no aumento de conectividade e espaço para armazenamento de dados, assim como na otimização de plataformas de gerenciamento de data centers.
Atualmente, com a digitalização da economia, todas as novas tecnologias, como Internet das Coisas (IoT), metaverso, realidade virtual e aumentada ou Big Data, utilizam um massivo aumento de dados que precisam ser processados de forma eficiente. Por isso, os centros de processamento de dados atuam na economia digital, fornecendo um “lar” não apenas para as informações, mas também para as plataformas e aplicações que se tornaram tão onipresentes no mundo moderno.
Por sua vez, o fio condutor para o funcionamento contínuo desses sistemas e para a entrega de conteúdo é a conectividade. A evolução digital avança a passos largos e promete se acentuar nos próximos anos, mas ainda há muito a evoluir.
Ainda de acordo com o Latin American Digital Transformation, onde é medido a velocidade das mudanças das tecnologias na América Latina, levando em conta itens como introdução da internet e aplicativos, aumento do número de empresas de tecnologia e o crescimento do ecossistema de inovação, o índice cresceu de 2,3% em 2020 para 3,4% em 2021. É um aumento considerável para a região, mas ainda longe dos 69,8% dos Estados Unidos.
Ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar o patamar de nações mais desenvolvidas tecnologicamente. As empresas brasileiras e latinas ainda precisam enfrentar alguns desafios, como a escassez de profissionais de Tecnologia da Informação, por exemplo. Há um aumento na procura por cursos voltados à tecnologia, mas o crescimento não é rápido o suficiente para atender à demanda acelerada.
Já no mercado de data centers, que está no centro da evolução digitação em regiões como a América Latina, as infraestruturas já veem um crescimento substancial para suportar suas demandas de evolução digital. E isso, por sua vez, tem levado as empresas a optarem por soluções mais modernas para gerenciar os crescentes requisitos de dados.
Um avanço nesta área é a migração da infraestrutura de TI, visando a redução de custos e o aprimoramento de desempenho da operação. Muitas empresas estão optando por soluções mais versáteis e escaláveis, como o Colocation e a nuvem.
Entre o data center, a nuvem e a edge computing, nosso mundo tornou-se verdadeiramente ‘always-on’ e interconectado, de forma irreversível.
Portanto, companhias com altos níveis de maturidade digital alcançam uma vantagem competitiva em diversos indicadores de desempenho, como crescimento de receita, tempo de lançamento no mercado, eficiência de custos, qualidade do produto e satisfação do cliente. Para a evolução digital realmente avançar na América Latina é necessário construir uma base digital robusta.
Somente com um mecanismo digital maduro e bem alinhado, as empresas estarão preparadas para participar de novos ambientes e de um mundo totalmente interconectado.
(*) – É Diretor de Expansão LATAM da Odata (http://odatacolocation.com).