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10 dicas para proteger a sua empresa de vazamento de dados

em Manchete Principal
sexta-feira, 29 de abril de 2022

Depois da LGPD, o cuidado com o vazamento de dados se tornou ainda mais crucial para as empresas. Qualquer erro pode comprometer a reputação, causar transtorno para as pessoas – e marcas – além de gerar multas milionárias. Somado a isso, os ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados, também colocam em riscos as informações que as empresas detém hoje de seus clientes.

Para proteger o core dos negócios, além de investir em base tecnológica de segurança da informação, é preciso seguir corretamente a LGPD. Luis Santos de Azevedo, gerente de TI da Uze, empresa focada em soluções de crédito para o varejo, ressalta dez dicas para proteger a empresa do vazamento de dados.

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  1. – Adote a cultura de proteção de dados – Na visão de Luis, o ponto mais importante é investir na conscientização das pessoas em relação à segurança. No meio digital hoje a forma mais importante de prevenção é a conscientização dos colaboradores, que estão na linha de frente, manuseando dados pessoais em suas rotinas de trabalho.

Temos que colocar o assunto na mesa, entendendo que isso faz parte da rotina. A segurança é formada pelo tripé “processos, tecnologia e pessoas”, mas não adianta ter processos bem definidos, ter uma tecnologia de ponta, se não tiver pessoas muito bem treinadas em relação a segurança. Nós somos o elo mais fraco e o alvo mais vulnerável.

É de fundamental importância que as empresas deem atenção às pessoas, e não apenas para processos e tecnologias. Esse é o primeiro pilar para que tenhamos sucesso quando falamos em segurança. O treinamento pode ir desde compartilhar textos e postagens sobre a LGPD até a realização de cursos e workshops dentro das organizações.

  1. – Mapeie o fluxo de dados na empresa – Importante para a empresa entender, por exemplo, quais dados pessoais são coletados e por meio de quais canais, onde ficam armazenados, quem os manipula e como que são compartilhados.
  2. – Adote framework de privacidade para a organização – Um framework de segurança da informação é uma série de processos que são usados para definir políticas e procedimentos em torno da implementação e gerenciamento contínuo de controles de segurança da informação em um ambiente corporativo. Com o framework é possível definir um fluxo e priorizar as tarefas necessárias para melhorar a segurança em uma organização.

Esse processo traz clareza sobre o que existe em governança de privacidade, reduzindo risco de incidentes e trazendo agilidade de adaptação a prováveis mudanças na regulamentação de leis como a LGPD, e a California Consumer Privacy Act (CCPA), uma lei de proteção de dados da Califórnia, nos Estados Unidos, entre outras questões;

  1. – Avalie quais dados são coletados e se há embasamento legal – O objetivo é mitigar riscos, avaliando a real necessidade de coletar determinado dado e se o tratamento se enquadra de fato nas premissas da LGPD.
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Por exemplo, é mesmo necessário coletar dados sensíveis, que são dados relacionados a fatores como orientação sexual, saúde, religião, origem étnica? Por isso, é preciso fazer uma avaliação jurídica minuciosa dos processos empresariais para determinar qual a melhor base legal para o tratamento de dados dentro da empresa.

  1. – Garanta uma comunicação transparente com o titular dos dados – Informe ao cliente como os dados solicitados serão utilizados e o porquê deles serem necessários para a empresa. É importante ter um canal de comunicação aberto com o titulares das contas, para que os mesmos possam entrar em contato quando tiverem necessidade, como por exemplo para ter informações sobre como e com quem os dados são compartilhados.
  2. – Crie um comitê de adequação à LGPD – Essa é super importante! Crie um grupo com colaboradores de TI, equipe jurídica, marketing e RH, por exemplo, que trabalham com dados pessoais para acompanhar o processo de adequação à LGPD de maneira mais assertiva. Quanto mais alinhados a equipe estiver, mais eficiente será as práticas que serão adotadas pela empresa, uma vez que essas pessoas escolhidas, transmitirão as boas práticas que serão empregadas.
  3. – Reforce sua política de segurança da informação – Faça um diagnóstico da situação de segurança na empresa e ajuste os processos mais vulneráveis que geram riscos aos dados pessoais. Ter na equipe um profissional adequado para essa tarefa é fundamental para evitar erros.
  4. – Tenha um profissional dedicado. Um DPO por exemplo – Esse cargo é uma espécie de fiscal da lei dentro da empresa. O mais comum é ser ocupado por advogados, consultores e profissionais de segurança da informação;
  5. – Revise e adeque contratos, políticas de privacidade e outros documentos – De acordo com a LGPD, os titulares dos dados devem ser informados de forma clara sobre os motivos da coleta e do tratamento de seus dados. Inclusive, essa informação deve estar incluída na documentação desses titulares.

Nessa parte da revisão também entra o termo de consentimento, como por exemplo, num site, o usuário deve ter a opção de não aceitar o cookies. Neste caso, deve-se explicar as consequências da negativa (como falhas no funcionamento do site, por exemplo);

  1. – Estabeleça medidas de governança – As boas práticas garantem que todos na empresa cumpram as leis, criando processos que foquem na análise e controle de riscos. Alguns exemplos são a criação de canais de denúncia, programas de formação contínua, reformulação do Código de Ética e a criação de políticas específicas para determinadas situações. – Fonte e outras informações: (https://uzecomvoce.com.br/).