Tupy adquire a MWM do Brasil em busca de novos setores
A Tupy, multinacional brasileira fabricante de componentes estruturais para bens de capital sediada em Joinville (SC), anunciou a aquisição da MWM do Brasil, subsidiária da Navistar International, que produz motores e geradores na capital de São Paulo. A transação é estimada em R$ 865 milhões e será submetida à aprovação da autoridade antitruste brasileira.
Os negócios da Tupy estão em expansão. Em 2021, a companhia comprou a Teksid, divisão de componentes do Grupo Stellantis.
Ao adquirir a MWM, a empresa catarinense estende suas operações para integrar verticalmente a oferta de serviços de usinagem, montagem e engenharia. E insere a Tupy nos segmentos de energia, reposição e marítimo, ampliando suas oportunidades em descarbonização.
A MWM é uma empresa que fabrica motores de terceiros sob contratos de manufatura e grupos geradores e atua no mercado de reposição. Recentemente, anunciou parcerias que servem ao consumo de gás natural, biogás e uso de biometano, atendendo necessidades do agronegócio brasileiro.
A volta por cima da Honda
Depois de enxugar sua linha por diferentes motivos, a Honda anuncia novidades para o mercado brasileiro.
A primeira é o retorno do SUV HR-V, em agosto, em sua nova geração. Além do motor 1.5, já aplicado no New City, terá um novo 1.5 turbo flex, especialmente desenvolvido para o mercado brasileiro.
No fim do ano terá a volta do Civic em sua 11ª geração, importada, em versão única, com tecnologia híbrida e:HEV, a mesma do Accord.
O novo SUV CR-V também será híbrido. Para completar sua gama com mais um SUV, a marca terá um modelo médio inédito, baseado no novo Civic, que lançará no próximo ano. E para os fãs de velocidade, trará o novo Civic Type R.
É um bom momento de renovação para a Honda, que completa 30 anos de operações no Brasil e 25 de produção. O novo line-up começou com a chegada da nova linha City.
Além do desenvolvimento do novo motor, a Honda fez investimentos adicionais para a introdução de novos processos e tecnologias em sua fábrica de Itirapina. Foram investidos R$ 1,1 bilhão para a produção dos City e City Hatchback e o novo HR-V, complementando o valor inicial de aproximadamente R$ 1 bilhão, anunciado em 2013, na época da construção da fábrica.
Segundo a Honda, com essas novidades a marca “reafirma o seu compromisso com o mercado local e seguirá trabalhando fortemente para estar cada vez mais alinhada aos direcionamentos globais da marca”.
Renault renova e amplia portfólio
A Renault, que anunciou novos investimentos no Brasil, fez dois lançamentos em uma mesma semana. O primeiro foi da Oroch. De olho nas Fiat Strada e Toro, a linha 2023 da picape compacta chega renovada, agora sem o prenome Duster.
Facelift, novo motor turboflex 1.3 e upgrade no interior são as principais novidades. Os preços vão de R$ 105.800 a R$ 137.100.
Outro lançamento é um passo importante na estratégia de eletrificação da Renault. A marca abriu a pré-venda do Kwid E-tech, versão elétrica do seu modelo de entrada que chega com o cartaz de ser o “elétrico mais acessível” do mercado: R$ 142.990. As entregas começam em agosto.
A marca de origem francesa tira da JAC Motors o título de elétrico mais em conta do Brasil: o E-JS1 é vendido por R$ 164.900. Em comum, JAC e Renault elétricos são importados da China. A Renault ainda vende por aqui o elétrico Zoe, que custa R$ 240 mil.
O E-tech possui bateria de 26,8 kWh, com a qual roda 265 km em ciclo misto (cidade-estrada). O motor é especial para o mercado brasileiro: são 65 cv (48 kW) capaz de levá-lo a 130 km/h de velocidade máxima.
Mustang 2022 chega aos 58 anos, em plena forma
A Ford inicia as vendas da linha 2022 do Mustang Mach 1 na semana em que o muscle car americano completa 58 anos.
Sem mudanças, traz apenas cinco novas cores perolizadas. O motorzão é o mesmo: V8 de 5 litros que entrega 483 cv de potência.
Os EUA continuam sendo o maior consumidor do Mustang, com 76% das vendas globais. O Brasil foi um dos mercados com maior crescimento do esportivo em 2021, alta de 37,3% (de 354 para 486 unidades). Nada mal para um modelo que custa R$ 553.180 (o preço pode variar conforme o estado).
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo. E-mail: [email protected]