Após queda na produção no ano passado, a primeira estimativa da safra de café em 2022 aponta que a colheita do grão deve ter um aumento de 16,8% em relação ao ano passado, ficando em 55,7 milhões de sacas de 60 kg. Em 2021, o volume total de café produzido foi 47,7 milhões de sacas. Os números foram divulgados pela Conab. O resultado previsto, entretanto, ainda está abaixo do que foi colhido em 2020, quando a safra recorde foi 63,08 milhões de sacas de 60 kg.
De acordo com a companhia, o volume de 2022 não deve superar o de 2020 em razão de condições climáticas, como a estiagem e as geadas registradas principalmente entre os meses de julho e agosto de 2021 e que afetaram principalmente os cafezais dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Essas condições climáticas adversas afetaram mais a espécie arábica, que não deve manifestar seu pleno potencial produtivo.
Ainda assim, a Conab informou que a produção para esta variedade de café deverá ser acrescida em 23,4% em relação à safra anterior, sendo estimada em 38,7 milhões sacas. Nesta safra, a área cultivada com café arábica no país está estimada em 1.809,98 mil hectares corresponde a quase 80% da área total destinada à cafeicultura nacional. Minas Gerais concentra a maior área com a espécie, 1.316,59 mil hectares, correspondendo, a cerca de 70% da área ocupada no país.
Já para a variedade do café conilon, a expectativa é novo recorde com a colheita podendo chegar próxima a 17 milhões sacas, aumento de 4,1% em relação à safra anterior. O resultado combina a elevação da área plantada estimada em 3%, passando de 375,2 mil hectares (ha) para 389,1 mil (ha), e uma ligeira melhora na produtividade de 0,4%, saindo de 43,4 sacas colhidas por hectare cultivado (sc/ha) para 43,6 sc/ha.