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Como selecionar a plataforma low-code mais adequada para cada projeto

em Destaques
terça-feira, 28 de setembro de 2021

Com o aquecimento do mercado de TI e a escassez de desenvolvedores de softwares, organizações têm aderido a plataformas low-code, por permitirem que profissionais de tecnologia e negócios, sem experiência em codificação, criem aplicativos e, potencialmente, preencham as lacunas de talentos na empresa.

Um estudo da consultoria global Gartner dá a dimensão desse movimento. De acordo com o documento, até 2024, 66% das grandes companhias vão usar ao menos quatro plataformas de baixo código, que gerarão 65% de suas aplicações. Mas, para que essa estratégia dê certo, é preciso escolher a plataforma mais adequada dentre as inúmeras opções no mercado.

“Uma das principais vantagens para as organizações que adotam o low-code é a economia de tempo, esforço e dinheiro. No entanto, nem todas as estruturas de desenvolvimento de softwares de baixo código fornecem o mesmo nível de suporte. O primeiro passo do gestor de TI deve ser refletir sobre a necessidade do setor e da organização”, explica Tiago Bilk, coordenador de Soluções da Supero Tecnologia, empresa de alocação de profissionais especializados em TI.

As plataformas low-code são destinadas a dois públicos: desenvolvedores e profissionais de áreas de negócio. Para os desenvolvedores, podem ajudar a entregar mais software em períodos de tempo mais curtos. Já para os profissionais de áreas de negócio, os chamados citizens developers, o low-code tem objetivos comerciais e permite que pessoas sem experiência em programação criem softwares. A maioria dessas ferramentas não exige conhecimento aprofundado em programação, mas pode requerer domínio de algumas tecnologias.

Os recursos mais comuns incluem componentes reutilizáveis, ferramentas de arrastar e soltar e modelagem de processos. “Se a necessidade é impulsionar aplicativos de fluxo de trabalho e processos de negócio, a escolha deve ser por uma plataforma com essa função. Se a necessidade for um produto que ajude a manter a interface do usuário, opte por uma plataforma com essa funcionalidade”, diz Bilk.

É importante frisar que o custo deste investimento costuma mudar de acordo com essas funcionalidades e o ideal é que o setor de TI esteja alinhado com questões de governança, pensando em quem fará o trabalho, o que precisa e como isso irá se manter na organização. A seguir, confira dez dicas que podem ajudar gestores a selecionar a ferramenta mais adequada para cada projeto.

  1. Identifique o objetivo da adoção – Vários motivos levam as organizações a adotarem low-code: modernizar processos de negócio já existentes, criar protótipos, empoderar as áreas de negócio no desenvolvimento, acelerar entregas do setor de TI. No entanto, antes de qualquer movimento de adoção de uma ou outra plataforma, o que a organização precisa é identificar esses vários objetivos e comparar com as ofertas, para se certificar que estão alinhados.
  2. Atente às características das aplicações que serão construídas – O software a ser desenvolvido será desktop? Web? Mobile? Será destinado para clientes internos ou externos? Vai precisar de suporte para atendimento ao cliente ou alguma outra funcionalidade especial? Serão vários tipos de aplicação ou não? Questões como essas devem ser levadas em consideração na hora de contratar um fornecedor. A organização precisa saber as características das aplicações que vai construir para verificar os fornecedores que atendem.
  3. Verifique se atende a requisitos de infraestrutura e arquitetura da organização – Contar com uma plataforma que atenda aos requisitos de infraestrutura e arquitetura do setor de TI é fundamental para o bom desenvolvimento e os fluxos de trabalho. A ferramenta low-code precisa estar integrada aos demais sistemas corporativos da organização para atender às necessidades do negócio.
  4. Estabeleça a relação entre o preço da plataforma e o orçamento do projeto – Há certo porte de aplicações que não valem a pena estar em low-code porque o custo de licenciamento fica alto, comparado ao custo de desenvolvimento interno. Verificar o preço de cada opção de plataforma e comparar com o tamanho do projeto é fundamental.
  5. Avalie a compatibilidade com as habilidades e porte da equipe – O líder de tecnologia deve avaliar o impacto da adoção de determinada plataforma low-code em relação a equipe. Por exemplo, haverá treinamento? Será que a opção escolhida vai atender às expectativas da equipe de desenvolvimento ou a de negócios que está envolvida?
  6. Verifique se atende a possíveis necessidades de escala – A escalabilidade de um software, muitas vezes é algo que a organização planeja ao desenvolver um aplicativo. Por isso, é importante que seja verificado se a plataforma low-code escolhida tem limitações se precisar escalar.
  7. Ajuste os níveis de segurança ao modelo de negócios – A plataforma low-code escolhida deve ter os níveis de segurança ajustados às necessidades do modelo de negócio, sobretudo no que se refere ao acesso e à proteção de dados.
  8. Revise as práticas DevOps – A revisão das práticas DevOps é outra consideração relevante a ser feita. Afinal, nem todas as plataformas de baixo código são criadas da mesma maneira e elas não costumam ser tão flexíveis quanto os recursos de desenvolvimento em outras linguagens como Java ou JavaScript.
    Além disso, é uma boa prática as organizações explorarem as plataformas em POCs de parte dos projetos que vai desenvolver posteriormente, no período de teste gratuito. – Fonte e mais informações: (www.gartner.com).