De acordo com o censo do IBGE, 23,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, representando 45 milhões de pessoas. Mesmo com essa representatividade, expressões capacitistas – termo que remete à discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência – ainda são utilizadas frequentemente, inclusive no mundo corporativo.
Considerando que uma das maiores dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência é a inclusão no mercado de trabalho, empresas e funcionários precisam estar preparados para não reproduzir comportamentos capacitistas.
Pensando nisso, a Egalitê, startup de empregabilidade para PcD, que viabiliza além de vagas de emprego a capacitação para empresas, separou sete expressões que precisam ser retiradas do vocabulário popular:
- “A equipe não tem braço/perna para essa demanda” – É possível substituir o uso da expressão por algo como: precisamos de mais funcionários ou contratações para entregar um resultado melhor.
- “Está surdo?” – Às vezes, a frase é utilizada como uma forma de hipérbole. No entanto, ela é ofensiva para as pessoas que efetivamente possuem deficiência auditiva. Dessa forma, falar um pouco mais alto e perto da pessoa ou simplesmente perguntar se ela te ouviu resolvem a questão.
- “Não estou enxergando, estou cego” – Outra situação de hipérbole que pode ser alterada por: preciso ir ao oftalmologista, preciso buscar meus óculos ou até mesmo preciso aumentar a letra do material lido.
- “Fulano agiu igual retardado” – A afirmação ofensiva pode ser substituída por uma postura de empatia com a pessoa no intuito de entender quais os motivos dessa atitude. Se ainda assim houver repulsa, um “não gostei da atitude de fulano” é suficiente.
- “Pare de fingir demência” – Além de tentar se explicar novamente, a pessoa que reproduz essa frase pode substituí-la por: “pare de fingir que não entendeu”.
- “O que ela fez foi mancada” – O termo preconceituoso pode ser trocado por sacanagem sem alterar o sentido da frase.
- “Ele deu uma de João sem braço” – A palavra desentendido no lugar de “João sem braço” exprime a mesma ideia sem cunho preconceituoso.
Com atuação direta no universo da inserção nas empresas, a Egalitê realiza a segunda edição da Inclui PcD, maior feira de empregabilidade para o público, nos dias 20 e 24 de setembro de forma gratuita e online.
Em 2020, a Inclui PcD promoveu 8 mil conexões, 5 mil vagas e 200 empresas participantes. Para 2021, nomes como Carrefour, Magalu, MercadoLivre, Itaú, Renner, P&G, EY, Eixo SP, J.P. Morgan e Johnson Control já estão entre os patrocinadores. – Fonte e mais informações: (www.egalite.com.br).