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Confiança do comerciante sobe pela primeira vez no ano

em Espaço empresarial
sexta-feira, 18 de junho de 2021

Após meses em baixa, a confiança do comerciante brasileiro apresentou forte reação. Em junho, o índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostrou um crescimento de 12,2% em comparação a maio, atingindo 98,4 pontos e encerrando um período de cinco quedas seguidas. A avaliação positiva reflete, principalmente, a percepção de que as condições gerais da economia estão mais favoráveis.

Entre os fatores que ajudaram a contribuir para essa avaliação está o incremento gradual nas vendas do varejo, o que motivou recentemente a CNC a revisar para cima a projeção de vendas para 3,9% em 2021 e ampliar a estimativa de crescimento do PIB, de 3,2% para 3,8%, na esteira das reavaliações dos índices do mercado. “Essa retomada vem se desenhando com a desaceleração das medidas restritivas, o que aumenta a confiança do setor. No entanto a continuação de crescimento do otimismo depende do avanço na imunização no País”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Em junho, excetuando-se o componente Intenção de Investimentos em estoque, que caiu 0,2%, os outros subindicadores que formam o Icec revelaram alta, com destaque para a melhora acentuada das Condições Atuais (19,3%), principalmente por conta da percepção de melhora da economia (29,3%). Na comparação anual, o aumento foi de 47,6%, o que não surpreende diante de uma base comprometida pelos efeitos iniciais da crise. O índice, no entanto, se mantém abaixo da zona de satisfação (100 pontos).

O economista da CNC responsável pelo estudo, Antonio Everton, explica que a avaliação específica das empresas de menor porte (até 50 empregados) contribuiu para a melhora do Icec este mês. “A percepção de recuperação e melhora agora tende a beneficiar também as micro e pequenas empresas, uma vez que mais pessoas estão circulando nas ruas e a vacinação segue pelo País. As grandes organizações avaliam a conjuntura sob outras perspectivas e têm, naturalmente, mais resiliência para momentos de crise” (Gecom/CNC).