Essa é a previsão, segundo relatório publicado recentemente pelo portal Statista. Esta realidade, que já vem sendo trabalhada por quase todas as montadoras, além de trazer muitos benefícios, promete reduzir acidentes, melhorar o trânsito e ajudar as pessoas em outras atividades durante os deslocamentos. De acordo com análise da Associação Brasileira de Internet das Coisas ABINC, o mercado será altamente lucrativo e prevê um crescimento significativo nos próximos 20 anos.
“Esses carros são precursores para novas tecnologias emergentes e atuam como catalisadores nos desenvolvimentos tecnológicos dos automóveis para o IoT Automotivo. Os veículos autônomos usam tecnologias como visão computacional, GPS, LIDAR (sistema permite cobrir uma área mais vasta, em 360°) e RADAR. Além disso, são integrados com sistemas de controle avançados que podem interpretar as entradas sensoriais para evitar uma colisão ou detectar as placas de sinalização”, explica Alexandre Vargha (*).
Ainda segundo o pesquisador e executivo, são as soluções que implementam produtos eletrônicos inteligentes e avançados junto com sensores em diversas partes do automóveis, chamados de IoT Automotivo, que os tornam em veículos autônomos eficientes e com nível de excelência em automação. Outras tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) também serão importantes para esse avanço no mercado automobilístico.
Nesse cenário, diversas startups de IoT Automotivo já estão desenvolvendo serviços e tecnologias essenciais para as montadoras, contribuindo com soluções inteligentes que já são utilizadas atualmente em alguns automóveis. Por exemplo, o sistema capazes de manter-se na faixa em velocidade de cruzeiro e ajuda a evitar colisões, além de ajustes que são feitos na direção, no acelerador e nos freios, como também a autonomia de realizar baliza sem esforço do condutor.
Outro exemplo positivo são as soluções que possibilitam evitar situações de perigo e realizar frenagens de emergência. Esse aprimoramento de produtos, upgrades e a inovação impactam positivamente no crescimento para os novos players no ecossistema IoT automotivo. Existem inúmeros fatores que irão impulsionar o mercado de veículos autônomos. Para o diretor da ABINC, o mais fundamental deles são as iniciativas governamentais. Com elas, é possível ter pesquisas intensivas e atividades de desenvolvimento para gerar tecnologia de condução autônoma, além de gerar investimentos crescentes no setor.
“Países como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos já buscam estimular as pessoas a comprarem veículos elétricos e híbridos, oferecendo abatimento no pagamento de impostos e até mesmo gratuidade em estacionamentos e pedágios. É preciso que outras nações também realizem incentivos como esse, até mesmo para conseguirmos reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera por parte dos veículos convencionais”, argumenta.
Vargha avalia ainda que diversas empresas, em todo o mundo, estão colaborando para acelerar a expansão do mercado. “São players que investem de forma maciça em P&D para fomentar o desenvolvimento da tecnologia juntamente com as grandes montadoras. Esse avanço – principalmente entre fabricantes de dispositivos semicondutores e provedores de soluções tecnológicas – é essencial para que as montadoras obtenham maior conhecimento técnico e possam reduzir o custo global de produção no futuro”, conclui.
(*) – É Presidente do Comitê Auto e Mobilidade da ABINC e dos Comitês Globais em automação automotiva da SAE e do 5GAA Automotive.