Quase metade (46%) das empresas brasileiras pretendem retornar aos escritórios neste ano. Esta é uma das principais conclusões da quarta edição da “Pesquisa nacional: como será o retorno aos escritórios”, realizada pela KPMG. Trata-se de um aumento em relação às edições anteriores da mesma pesquisa. Na terceira edição, realizada em agosto e setembro, 38% estimavam o mesmo. Na segunda edição, de junho e julho, eram 26% e, na primeira edição, de abril e maio, 9% faziam a mesma estimativa.
“O dado é relevante pois comprova, mais uma vez, que há uma parcela expressiva de executivos preocupados com a saúde e o bem-estar dos colaboradores. Além disso, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, é importante observar que muitas empresas estão vencendo os desafios da pandemia. Há casos de sucesso de empresas atentas aos legados desse momento, executando investimentos em áreas prioritárias, liderando boas práticas no mercado e gerando negócios”, afirma André Coutinho, sócio-líder de Advisory da KPMG no Brasil e na América do Sul.
O conteúdo da KPMG também revelou que, para 36% dos respondentes, os profissionais já voltaram, contra 25% da terceira edição, 13% da segunda e 12% da primeira. Para 4% a volta é até dezembro, para 11% o acesso ao escritório não foi bloqueado, e para 3% o mesmo ocorre no próximo mês. De acordo com a pesquisa, a maioria (59%) dos respondentes pretendem manter a quantidade de metros quadrados ocupados pelos escritórios após o controle da pandemia.
Sobre o impacto do trabalho remoto na produtividade, a pesquisa revela que, para quase a metade (48%) dos empresários, a produtividade se manteve. Para 23%, houve um aumento de até 20%, e para 13% dos entrevistados a produtividade aumentou mais de 20%. Para 11%, houve uma queda de até 20%, e para 5% dos entrevistados a produtividade diminuiu mais de 20%.
A pesquisa foi feita nos meses de outubro e novembro de 2020 com 264 empresários dos seguintes setores: Agronegócio (8%); Consumo e Varejo (10%); Energia e Recursos Naturais (8%); Governo (4%); Saúde e Ciências da Vida (4%); Mercados Industriais (10%); Infraestrutura (5%); Serviços Financeiros (13%); Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (10%); Serviços (27%); e ONGs (1%). Já a distribuição geográfica dos entrevistados foi: 78% no Sudeste; 9% no Sul, 7% no Centro Oeste, 5% no Nordeste e 1% no Norte. Fonte: (www.kpmg.com.br).