Seis em cada dez empresas fecham as portas nos primeiros cinco anos de operação. Isto é o que apontam os dados da Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgada em outubro de 2019 pelo IBGE. Apenas cerca de 40% das 597.200 empresas criadas em 2012 estavam ativas em 2017.
Analisando este cenário, e pensando em oferecer ferramentas estratégicas que auxiliem o empreendedor, Márcio Ribeiro (*) aponta os cinco maiores erros que um empresário pode cometer ao abrir seu negócio.
Alguns deslizes podem parecer simples e superficiais mas acabam impactando a rotina do estabelecimento e o andamento do serviço como um todo. Logo, um conteúdo claro e didático se faz necessário para trazer mais embasamento teórico-prático aos proprietários de estabelecimentos.
- – Abrir um negócio sem a devida divulgação – Traçar uma estratégia de divulgação é fundamental para que o público saiba que seu negócio está ativo e possui seus respectivos diferenciais. “Uma ideia simples e eficaz que certamente vai impulsionar muito a visibilidade do seu negócio é apostar alto no Instagram.
Especificamente em sorteios e promoções nessa rede. Essa estratégia, adaptada ao seu modelo de negócio, claro, tende a ser altamente assertiva e lhe garantir, além de divulgação online, relevância”, explica o proprietário do Iroha Sushi.
- – Abrir um negócio sem um alto nível de qualidade – Ao que parece, trata-se de uma dica que pode ser um tanto quanto “óbvia” para algumas pessoas, no entanto, Márcio explica a fundo todos os aspectos que estão envolvidos no comprometimento do empreendedor com a qualidade do seu produto. “Estar atento a qualidade envolve mais do que vender um produto que acredita-se ser bom. Envolve você conhecer a fundo seu produto.
No caso do ramo gastronômico, especificamente, o proprietário precisa conhecer tudo o que envolve o produto que está sendo comercializado dentro do seu estabelecimento e isto vai desde os ingredientes utilizados até as preferências do público”, destaca o empresário.
- – Abrir um estabelecimento sem pesquisar os arredores – Região, concorrência e perfil do cliente são três fatores que, segundo Márcio, devem estar no radar de quem busca abrir um negócio físico. Por exemplo: se você pretende abrir um restaurante na Faria Lima, em São Paulo, precisa estar ciente de que trata-se de um ponto comercial.
Logo, a maioria das pessoas que passa o dia por lá, trabalha nos escritórios e sai apenas no horário de almoço – portanto, precisam de opções mais acessíveis e rápidas, visto que se tem uma hora de almoço. Logo, envolve toda uma logística nesse horário que precisa funcionar de maneira rápida e assertiva.
- – Abrir um negócio sem ter uma equipe qualificada e pré selecionada – O processo seletivo dos funcionários é algo que deve ser altamente criterioso, visto que são essas pessoas que vão ajudar o seu negócio a crescer e se estabilizar. Todos precisam estar alinhados com a proposta do negócio – dando conta das suas respectivas funções e dos horários de pico, no atendimento ao cliente, durante o dia – e querendo crescer junto com a empresa. Isso é primordial.
- – Abrir um negócio sem caixa para manter – Contar com um capital de giro – e com uma reserva separada – é fundamental para que determinado negócio se estabeleça com mais organização e responsabilidade.
Nem sempre seu negócio vai estar indo super bem e você precisa ter como arcar com os períodos mais difíceis sem fechar as portas de vez. Essa medida exige: planejamento financeiro, capacidade de adaptação e visão a médio/longo prazo.
Seguindo estes conselhos, Márcio acredita que os novos empreendedores conseguiram organizar melhor seu plano de negócios e obter mais sucesso em sua empreitada. “Um dos meus objetivos pessoais é aproveitar a minha bagagem para ajudar outras pessoas, no caso, outros empresários. Creio que, se nos ajudarmos, todos lucram”, finaliza.
(*) – É sócio-fundador da rede de restaurantes Iroha Sushi. (https://www.facebook.com/irohasp/).