Os colaboradores são o grande diferencial de qualquer organização para fortalecer o seu futuro. E, por isso, é preciso estar atento também às diferenças de cada um, afinal valorizá-las vai muito além da ética e do respeito ao ser humano. Esse é um tema que tem sido bastante discutido na vida social e, mais do que nunca, é pauta também no ambiente profissional, principalmente dentro das organizações. Mas, como as empresas podem evoluir em suas práticas inclusivas?
Primeiro, vale mencionar que ter uma organização mais diversa não é somente uma responsabilidade social, mas também mostra o progresso das companhias no acolhimento da pluralidade da nossa sociedade, o que significa promover as singularidades de seus colaboradores e apoiar as multiplicidades culturais. De quebra, a empresa desenvolve funcionários mais engajados, satisfeitos e produtivos, propícios a criarem um ambiente inovador trazendo também resultados internos satisfatórios. Pesquisa do Hay Group informa que 76% das pessoas que trabalham em instituições preocupadas com o tema reconhecem que têm mais liberdade e sentem-se mais seguras para expor suas ideias e inovar no trabalho. Já as que não têm a pauta na agenda, essa proporção cai para 55%.
Em 2021, o assunto tende a ser ainda mais latente, pois é urgente. A pandemia acelerou os debates sobre o assunto no setor de gestão de pessoas e ameaçou formas antigas de trabalho e visão de profissionais, consolidadas até então, mostrando um novo caminho. Esse ambiente de abertura e incentivo à diversidade não acontece sem o envolvimento da gestão: um líder que se preocupa com o desenvolvimento de sua equipe, incentiva e reconhece o universo inclusivo e faz com que as pessoas tenham suas diferentes habilidades aproveitadas da melhor forma, gerando, assim, melhores resultados para a organização.
A MSD Saúde Animal está sempre buscando trilhar o caminho da inclusão e diversidade. Nós, da companhia, acreditamos na importância do olhar sobre o indivíduo e da importância do seu desenvolvimento. Vemos a diversidade como um mindset, que considera também as diferentes formas de pensar e de viver. Além disso, apoiamos também que cada profissional seja no trabalho o que ele é fora do seu ambiente de trabalho. Afinal, cada pessoa é única.
É assim que acredito que o verdadeiro potencial de cada pessoa vem à tona, já que ela tem a liberdade de ser criativa e se sente confortável no ambiente, e é aí que suas diferenças agregam nos objetivos da organização.
Por isso, estamos cada vez mais focados nesse caminho de inclusão. Diversas iniciativas estão em andamento, mas o foco agora é o estímulo para que a representatividade esteja cada vez mais presente na companhia, pois entendemos que a questão deve ser mais do que uma premissa, e, sim, um espaço real de inclusão social em conjunto com o propósito de melhorar a vida das pessoas, além de o vínculo empregador da organização.
O que quero salientar neste artigo é que o mundo corporativo está mais antenado e entendendo o valor da diversidade e da inclusão, e do que significa proativamente trabalhar o respeito e a valorização do fator humano da empresa. Uma pesquisa realizada pela consultoria Mais Diversidade e publicada pela Você RH em dezembro do último ano, aponta que o assunto deve ganhar ainda mais espaço na agenda corporativa. Isso porque 97% das empresas ouvidas, cerca de 300 companhias, pretendem manter ou aumentar seus investimentos em inclusão no ano que se inicia.
Com isso, creio que compreendemos a importância de termos pessoas de diferentes origens, crenças, etnias, classes sociais, entre outros aspectos dentro da nossa companhia. As pessoas com suas peculiaridades, quando estão inseridas e vivem os mesmos valores e propósitos, podem compartilhar ideias e visões diferentes – mais ricas – e encontrar soluções que não seriam possíveis se todos tivessem vivências parecidas.
Acredito que tudo isso reflete uma sociedade que pensa cada vez mais na importância da singularidade dentro do coletivo, que está atenta a ver as pessoas além de seus rótulos. É esse o novo olhar que as empresas precisam ter. É muito mais que o futuro, é o agora.
(Fonte: Andres Massoni é diretor de Recursos Humanos da MSD Brasil).