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Setor aéreo deve recuperar 80% da atividade em dezembro

em Economia
sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Com a alta temporada, a expectativa do governo é que haja um reaquecimento com viagens dentro do Brasil. Foto: Rovena Rosa/ABr

O setor aéreo deve operar em dezembro com 80% da capacidade registrada no mesmo mês no ano passado, em um cenário pré-pandemia do coronavírus. A previsão foi apresentada pelo secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, em debate sobre as perspectivas do setor no 2º Seminário de Competitividade do Setor de Infraestrutura, promovido pelo Ministério da Infraestrutura em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Durante o período de isolamento social, as empresas aéreas tiveram redução de 93% em suas atividades, chegando a 99% nos meses de pico de circulação do vírus. A média de 2,5 mil voos diários caiu para cerca de 200 por dia. O secretário disse que a retomada de 80% da capacidade do setor aéreo em dezembro é uma estimativa importante. A projeção, segundo Glanzmann, diz respeito aos voos domésticos. “São números impressionantes comparado com outros países da América do Sul”, disse.

Quanto aos voos internacionais, em dezembro as linhas aéreas deverão operar com cerca de 45% do nível registrado em dezembro do ano passado. “No mercado internacional, a retomada é mais lenta porque dependemos de outros mercados e precisamos da abertura”, explicou. O Brasil adotou medidas para compensar as perdas, como o não fechamento do espaço aéreo interno e o prazo de 12 meses para reembolso de passagens por parte das linhas áreas pelos cancelamentos de voos.

Ele disse que as empresas aéreas retomaram os voos, mas que a receita ainda é aquém do que as companhias esperam. “O desafio é a recuperação da receita, que ainda está baixa, e estamos acompanhando a alta temporada, e como vai proceder”.

A partir de dezembro, com a alta temporada, a expectativa do governo é que haja um reaquecimento com viagens dentro do Brasil, especialmente para destinos como praias nas regiões Nordeste e Sul. O segundo passo da retomada deve ser o turismo sub-regional, com rotas entre cidades brasileiras e países da América do Sul, como Argentina, Chile e Colômbia.