Samantha Schwarz (*)
Como uma das datas mais importantes e estratégicas para o cenário do varejo, a Black Friday, que já é muito esperada, ganha ainda mais expectativa em 2020.
O que todas empresas esperam? Que esse ano seja melhor que o anterior e que 2020 nos traga todas as condições favoráveis para isso. A atual situação econômica que a pandemia trouxe fez o comércio eletrônico disparar e 40% dos brasileiros passaram a comprar mais por e-commerces, mesmo com os cortes de salários. Mas 2020 também foi o ano da primeira compra online para 13% dos brasileiros, segundo pesquisa da Nielsen.
Diante disso, a pergunta que não quer calar: o que esperar da Black Friday 2020? A resposta não é simples e nem objetiva, mas o fato é que podemos esperar uma das maiores datas da história e que vai marcar o começo de uma corrida pelo consumidor. Para se ter uma ideia, o varejo online atingiu inclusive os idosos, uma classe que pouco utilizava esse tipo de tecnologia antes da pandemia.
Nos últimos meses, 82% desse grupo etário consumiu digitalmente e, desses, 18% também fizeram sua primeira compra neste universo, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Dada a largada, são muitos consumidores novos, o que gera para as empresas uma infinidade de clientes e outros mercados para explorar.
Dentre os produtos que serão os mais procurados, estão roupas e acessórios (31%), smartphones (30%), eletrônicos (30%) e calçados (26%), também de acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Ou seja: o varejo tem a faca e o queijo na mão sabendo inclusive o que as pessoas querem comprar.
Mas vale ressaltar que deter a informação não é o bastante. O importante é saber o que fazer com ela. Se as empresas estão esperando mais e novos consumidores, o que eles querem das marcas? Com certeza uma experiência melhor do que nunca!
O cliente é hoje multicanal, ágil e exigente, que busca praticidade e conexão entre todos os pontos de vendas.
Ele quer fazer contato com as lojas por meio de todos os canais existentes, seja ele no site, nas redes sociais, no celular ou na loja física. E mais, quer integração entre eles. Quem realmente está de olho nas movimentações de mercado já percebeu que a Black Friday vai ser só o primeiro degrau na escalada das compras online.
Essa tendência deve ser mantida no cenário pós-pandemia. É a hora das marcas varejistas não perderem a oportunidade de dialogar com os novos consumidores recém-chegados e conquistá-los. Os artifícios usados para isso vão desde a criação de novas estratégias de negócios, o aperfeiçoamento da relação com o cliente, a unificação de todos os canais de vendas em prol da multicanalidade até a oferta personalizada de descontos e promoções para cada um deles.
Além disso, tem também os investimentos em novos atributos tecnológicos para a sustentação dos e-commerces em períodos de pico e a escalabilidade das vendas, como a ligação eficiente dos marketplaces a todas as lojas off-line. E você, está levando aos seus clientes o que você esperaria de uma marca na posição de consumidor?
(*) – É gerente de e-commerce da Infracommerce e responsável pela operação e gestão comercial dos maiores e-commerces B2C da companhia (www.infracommerce.com.br).