A tecnologia tem auxiliado na adaptação de restaurantes ao delivery, seja na busca por clientes e meios de entrega, como na montagem do novo cardápio, no cálculo de insumos e fornecedores ativos.
A crise ocasionada pelo coronavírus está forçando os restaurantes a se reinventarem. O fechamento temporário tem sido um verdadeiro desafio para os proprietários, que estão buscando novas maneiras de continuarem suas atividades.
O delivery – entrega em domicílio, não é nenhuma novidade. No entanto, empresas que não utilizavam esse recurso passaram a pensar nele como alternativa para atender seus clientes durante o período de isolamento social.
É o que o chef Jun Sakamoto tem feito frente esta nova realidade. Dois de seus três restaurantes em São Paulo estão funcionando assim: o J1 Sakamoto, no Shopping Villa Lobos está operando pelo aplicativo Rappi e o Jun Sakamoto, que fica na Rua Lisboa, preparou um delivery especial. “Eu e meu assistente preparamos os pratos e levo pessoalmente aos clientes. Sushis e sashimis são servidos em louças de cerâmicas, depois eu mesmo vou buscá-las, comenta. Já o Junji Sakamoto, unidade do Shopping Iguatemi, está fechado por decreto do governo do Estado.
Mas, como adaptar rapidamente o atendimento presencial ao delivery? Jun responde que a tecnologia foi fundamental para esta mudança radical sem que perdesse a qualidade.
Como não teve tempo de fazer um projeto e nem para desenvolver as plataformas próprias, o empresário recorreu a parceiros para adequar seus serviços.
Com uma ferramenta de Gestão Empresarial, o ERP EVEREST, ele conseguiu montar um novo cardápio, calcular os preços dos insumos, localizar fornecedores que estivessem abertos e assim chegar a um valor final justo.
Eu consigo controlar todas as minhas operações, os custos, diminuir desperdícios, acompanhar as compras, evitar ter compras irregulares e até controlar o padrão dos pratos através das ordens de produções
“Eu consigo controlar todas as minhas operações, os custos, diminuir desperdícios, acompanhar as compras, evitar ter compras irregulares e até controlar o padrão dos pratos através das ordens de produções”, comenta Jun Sakamoto.
Eduardo Ferreira, diretor comercial da ACOM Sistemas, empresa responsável pelo sistema ERP, explica que a ferramenta integra as informações mais importantes, fornecendo relatórios gerenciais do restaurante sobre faturamento, ticket médio, produtos mais vendidos, margem de lucro, entre outros recursos que servem de embasamento para tomadas de decisões estratégicas, como promoções, ações comerciais e de marketing, expansão, precificação, investimentos, etc. “O sistema realiza toda a gestão de um restaurante seja qual for a forma de atendimento. Com a readaptação para o delivery, esta tecnologia está sendo bastante útil também na busca por fornecedores ativos para realizar a entrega”, conta.
Já para a busca do cliente final, vale tudo, principalmente a divulgação nas redes sociais. Outra ferramenta que os estabelecimentos têm utilizado é a GoomerGo: um aplicativo recém criado que conecta restaurantes e clientes pelo WhatsApp. “Diante dessa realidade, desenvolvemos a primeira versão do aplicativo em 4 dias no intuito de apoiar e colaborar com o setor de alimentação neste momento. O GoomerGo é gratuito e sem intermediários para realização de pedidos online. Não cobra nenhuma taxa de pedido ou comissão dos estabelecimentos e não envolve a parte logística. Toda a responsabilidade de realizar a entrega e receber o pagamento fica a cargo do próprio restaurante. Em menos de um mês, mais de 3 mil restaurantes já estão utilizando em todo o Brasil”, conta Álvaro Barbosa, gerente de marketing da Gommer, startup que desenvolveu o aplicativo.