Marcelo Szabo (*)
Atualmente, mais do que nunca, as empresas na América Latina estão enxergando a importância de estarem preparadas para a implementação de políticas de trabalho flexíveis, como o teletrabalho ou o trabalho remoto. O Brasil é o país líder nessa prática, com mais de 7 milhões de teletrabalhadores, segundo o Status do Teletrabalho na América Latina e no Caribe, de 2018, realizado pela Academia Internacional de Teletrabalho para a América Latina e o Caribe.
Na sequência estão o México e a Argentina, com 2 milhões de pessoas, e o Chile, com quase um milhão. Sem dúvida, o número continuará a aumentar à medida em que as organizações, em todos os setores, enxergarem as vantagens competitivas, como trabalhar onde e quando é necessário, e de maneira segura, além do melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional para os colaboradores.
Mas, para que isso ocorra, é preciso ter algumas premissas em mente para que o trabalho flexível tenha sucesso. Dentre elas:
• Dispor de diretrizes de trabalho claras e eficientes e canais de comunicação: os líderes empresariais precisam definir prioridades de trabalho para as suas equipes e alimentar canais para impulsionar a colaboração real entre todos.
• Trabalhar com base em objetivos e não por horas: é importante demonstrar total confiança nos trabalhadores, independentemente do local de trabalho, bem como diferentes maneiras de trabalhar para alcançar os objetivos mensuráveis determinados pelo líder imediato ou pela empresa.
• Avaliar ferramentas eficazes de tecnologia colaborativa: esse ponto é fundamental. As pessoas necessitam de opções de comunicação confiáveis, fáceis de usar e flexíveis que acelerem a troca de informações e a tomada de decisões. Felizmente, hoje existem soluções, como as placas inteligentes, que permitem um ambiente colaborativo, onde todos podem se ver, conhecer um ao outro e colaborar de maneira dinâmica e interativa, sem a necessidade de um computador, tablet ou dispositivo móvel. Dessa forma, é possível materializar os pensamentos e idéias em ilustrações e frases.
• Gerenciar positivamente as mudanças: a implementação de uma política de trabalho flexível é uma mudança de hábito, para que as pessoas trabalhem de onde sentem que podem obter melhores resultados, ao invés de irem ao escritório de segunda a sexta-feira, durante o horário comercial.
Com esses quatro pilares definidos, as organizações poderão maximizar os benefícios do teletrabalho ou do trabalho remoto em termos de produtividade, entendimento e sustentabilidade. Mesmo porque o aumento do entendimento e do empoderamento dos funcionários para autogerenciar seu tempo de trabalho resultam em maior bem-estar e levam a um maior comprometimento com a empresa.
Dessa forma, o teletrabalho ou trabalho remoto tende a se tornar uma prática cada vez mais seguida, muito pelo resultado que trará às companhias e às pessoas por trás da marca.
(*) – É gerente de Soluções de Comunicação Visual – Tecnologias emergentes da Ricoh Latin America.