O governo interino da Bolívia suspendeu as relações diplomáticas com Cuba. A decisão foi comunicada pelo chanceler interino do país, Yerko Núñez, que classificou de inadmissíveis as expressões utilizadas pelo chanceler cubano ao referir-se à presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, escreveu em sua conta no Twitter, no dia 22, que “a golpista e autoproclamada” presidente interina disse “vulgares mentiras e “deveria explicar ao povo que, após a saída dos médicos cubanos, mais de 454.440 atendimentos médicos deixaram de ser feitos”.
Rodríguez disse ainda que “dois meses sem a brigada médica cubana na Bolívia se traduz em quase 1000 mulheres que não tiveram assistência especializada em seus partos e 5000 intervenções cirúrgicas e mais de 2.700 cirurgias oftalmológicas que não foram realizadas. Não são apenas números, são seres humanos”.
Em coletiva de imprensa, em La Paz, o chanceler boliviano interino afirmou que a decisão de suspender as relações diplomáticas “obedece às recentes e inadmissíveis expressões do chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, à permanente hostilidade e constantes queixas de Cuba contra o governo constitucional boliviano e seu processo democrático” (ABr).