São cada vez maiores as reações internacionais ao lançamento de mísseis iranianos contra duas bases aéreas que abrigam tropas norte-americanas no Iraque. Na Europa pede-se moderação e algumas nações decidiram retirar parte das tropas que tinham destacadas nesse país do Médio Oriente. A China pede a resolução do conflito pelo diálogo e, no Iraque, os líderes curdos pedem para não serem envolvidos nas rivalidades.
O Reino Unido apressou-se a condenar o ataque iraniano e classificou-o de “imprudente e perigoso”. “Condenamos o ataque às bases militares iraquianas que abrigam as forças da coligação, entre as quais britânicas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab. Também a Alemanha condenou “firmemente” a agressão do Irã. “Antes de mais nada, é preciso que os iranianos não provoquem nova escalada”. disse Annegret Kram-Karrenbauer, ministra alemã da Defesa.
Na França, uma fonte do governo adiantou que o país não pretende transferir nenhum dos 160 soldados que tem destacados no Iraque. Paris reiterou a importância de continuar o combate ao autoproclamado Estado Islâmico, mantendo simultaneamente o respeito pela soberania do Iraque. “A prioridade é mais do que nunca a redução das tensões. O ciclo de violência deve ser interrompido”, disse o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian.
O governo italiano também condenou os ataques e pediu, em comunicado, o alívio das tensões e o trabalho dos aliados europeus pelo diálogo. O ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, assegurou que os 34 militares portugueses que se encontram na base de Besmayah, a 50 km de Bagdá, “estão bem” e que foram adotadas “medidas de proteção reforçadas no perímetro da base” (RTP/ABr).