A Petrobras pretende usar os R$ 34 bilhões que receberá da União pelo aditivo do contrato de cessão onerosa no próprio leilão dos excedentes da área, marcado para 6 de novembro. O leilão oferecerá o direito de extrair petróleo e gás em áreas no polígono do pré-sal concedidas à Petrobras em 2010. A diretora financeira e de relacionamento com investidores, Andrea Almeida, disse que a empresa espera receber os recursos à medida em que eles sejam arrecadados.
“O dinheiro proveniente do aditivo do contrato a gente pretende, sim, usar no leilão agora no dia 6 de novembro. Integralmente”, respondeu ao divulgar o balanço da companhia no terceiro trimestre. Segundo acordo firmado em 2010, a Petrobras tem direito de extrair até cinco bilhões de barris de petróleo equivalente dessas áreas, que fazem parte do Polígono do Pré-sal.
Como foram descobertos volumes superiores a esse limite, o Conselho Nacional de Política Energética autorizou a ANP a licitar esse excedente em regime de partilha, o que vai acontecer em 6 de novembro e pode gerar mais de R$ 100 bilhões em bônus de assinatura. “Existe interesse, diversas empresas se inscreveram para participar do leilão”, disse a diretora.
A diretora destacou que a produção aumentou 9,3% no período, quando houve queda de 10% no preço do petróleo. A queda de custo de produção no pré-sal, para 5 dólares o barril, foi comemorado pelos executivos da companhia, que também chamaram a atenção para a redução do endividamento. “A gente conseguiu reduzir em 11 bilhões de dólares a dívida da Petrobras, atingindo o valor de 90 bilhões de dólares” (ABr).