O corte dos repasses apresenta um risco para as fiscalizações contra o desmatamento da região. Foto: WikiCommons |
A Noruega seguiu os passos da Alemanha e suspendeu os repasses de R$ 132,6 milhões destinados ao Fundo Amazônia. O congelamento da quantia e um possível fim do fundo poderá afetar desde a fiscalização contra o desmatamento realizada pelo Ibama até projetos dos estados da região. O corte dos repasses de ambos os países europeus apresenta um risco para as fiscalizações contra o desmatamento da região.
Os fiscais do Ibama, por exemplo, precisam de veículos 4×4 e helicópteros para realizar vistorias. A falta do repasse inviabilizará o financiamento destes meios de transporte especiais. Alguns outros projetos também serão prejudicados com o possível fim do fundo. Um deles é o Inventário Florestal Nacional (IFN), que produz informações sobre os recursos florestais da região. O estudo mede a quantidade de árvores e realiza coletas de amostras do solo, por exemplo. Também avalia a qualidade de vida dos habitantes.
Em meio ao congelamento dos investimentos do fundo, o instituto de pesquisa Imazon revelou que o desmatamento da Amazônia no último mês cresceu 66% em comparação com julho de 2018. A área desmatada da região soma pouco mais de 5 mil km. Já o Inpe informou na semana passada que a área na Amazônia com alerta de desmatamento cresceu 278% em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado (ANSA).