Banco Central indica novo corte na taxa básica de jurosO Banco Central pode continuar reduzindo a taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses, segundo indicou o Copom. A expectativa é que o ritmo de crescimento da economia será gradual. Foto: Arquivo/ABr O colegiado que reduziu a taxa na última semana, levando o juros básicos da economia ao patamar de 6% ao ano, apontou uma tendência de retomada do processo de recuperação da economia do país, “que tinha sido interrompido nos últimos trimestres”. A informação foi divulgada na ata da última reunião do comitê, quando a Selic, usada como balisador da economia para o controle da inflação, teve o primeiro recuo depois de um ano e quatro meses. Ainda diante dessas projeções, o Copom alertou, no mesmo texto, que a decisão sobre o futuro do indicador da política monetária vai depender da evolução do cenário do país “dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”. Para integrantes do comitê, o PIB tende a ficar estável ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre. A aceleração do índice pode continuar nos trimestres seguintes, reforçada pelos estímulos decorrentes da liberação de recursos do FGTS e do PIS/Pasep. Apesar disto, a expectativa é que o ritmo de “crescimento subjacente da economia, que exclui os efeitos de estímulos temporários, será gradual”. Na ata, o Copom explicou que sua decisão de cortar a Selic ocorreu porque a perspectiva de inflação em 2020 está “em torno ou abaixo da meta” e devido ao “elevado grau de ociosidade na economia”. A expectativa é que, com a reforma da Previdência e adequação das regras para aposentadoria à estrutura e dinâmica demográficas do país, o ritmo de crescimento dos gastos do governo caia, aumentando a poupança pública (ABr). | |
MP antecipa metade do 13º de aposentados e pensionistasPorta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. Foto: Valdenio Vieira/ABr O presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória (MP) que garante a antecipação do pagamento da metade do décimo terceiro salário para os aposentados e pensionistas. A antecipação já é feita, mas precisa ser confirmada anualmente pelo governo. A informação foi passada à imprensa pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. “Além de aquecer a economia, proporciona segurança e previsibilidade para os aposentados, que terão a garantia de que receberão essa antecipação todos os anos”, informou. O pagamento será feito entre os últimos cinco dias úteis de agosto e os cinco primeiros dias úteis de setembro. A primeira parcela do décimo terceiro será depositada junto com a folha de pagamento. A estimativa é que essa antecipação chegue a R$ 20 bilhões. Cerca de 30 milhões de beneficiários terão direito à primeira parcela do abono anual, que corresponde a metade do valor do benefício. Não haverá desconto de Imposto de Renda nessa primeira parcela, que será cobrado apenas em novembro e dezembro, quando for paga a segunda parcela. Dia dos Pais deve gerar R$ 5,6 bilhões de faturamentoPesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima alta de 2,1% nas vendas para o Dia dos Pais. Devem ser movimentados R$ 5,6 bilhões, o correspondente a 4,5% de todo o faturamento esperado pelo setor no mês de agosto. Este será o terceiro ano consecutivo de crescimento, mas, levando-se em conta o desempenho dos últimos anos (+3,6% em 2017 e +4,1% no ano passado), o setor ainda não retomou o ritmo de antes da crise. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, mesmo que o crescimento das vendas não seja tão significativo, pois o consumo ainda esbarra na lenta tendência de queda do desemprego e ociosidade no mercado de trabalho, a data trará um alento com a perspectiva de contratação. “O varejo está apostando numa segunda metade de ano mais favorável, decorrente de medidas de estímulo à economia. Por isso, a expectativa este ano é que sejam efetivados 5% dos trabalhadores temporários, a melhor nos últimos cinco anos para a data”, afirmou (Gecom/CNC). | Indicadores de mercado de trabalho apresentam melhorasAgência Brasil Os dois indicadores de mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram melhora na passagem de junho para julho. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências do setor, com base em entrevistas com consumidores e com empresários da indústria e dos serviços, cresceu 0,4 ponto e chegou a 87 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Segundo o economista da FGV Rodolpho Tobler, essa foi a segunda alta do indicador, algo que não ocorria desde o início de 2018. O Iaemp acumula alta de 1,2 ponto no bimestre. Apesar disso, os ganhos ainda são tímidos em relação às perdas de 15,3 pontos acumuladas de janeiro a maio. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que tenta refletir a opinião dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, teve queda de 2 pontos e chegou a 92,6 pontos, na escala de zero a 200 pontos. Diferentemente do Iaemp, no entanto, a queda do ICD é considerada positiva, já que significa que os consumidores estão considerando que há menos desemprego. De acordo com Tobler, apesar disso, o indicador continua em nível elevado, assim como a taxa de desemprego do país. Para ele, ainda é preciso cautela, mas “é boa notícia que o indicador volte a sinalizar uma tendência negativa para o desemprego”. Indicador Ipea de Investimentos segue em altaO Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ontem (6), apontou alta de 0,7% em junho em relação a maio de 2019, na série com ajuste sazonal. O resultado mostrou avanço pelo quarto mês consecutivo. FBCF são os investimentos em aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação de seu estoque de capital fixo. O indicador encerrou o segundo trimestre com crescimento de 2,3% sobre o trimestre anterior. No acumulado em 12 meses, os investimentos registraram expansão de 4,3%. A FBCF é composta por três itens: máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. O investimento em máquinas e equipamentos avançou 0,5% em junho em relação ao mês anterior – enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos cresceu 8,8%, a importação caiu 3,8%. Ainda em junho, o segmento da construção civil registrou alta de 0,8% e o componente classificado como “outros ativos fixos” teve queda de 0,3%. Na análise do segundo trimestre de 2019, o indicador mostrou variação positiva: crescimento de 5,9% nas máquinas e equipamentos, avanço de 0,6% na construção civil e alta de 2,6% nos outros ativos fixos (Ascom/Ipea). |