O novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse na sexta-feira (19) que sua prioridade é abrir a chamada caixa-preta e dar mais visibilidade à instituição.
“A credibilidade do banco, a transparência, o patriotismo e a capacidade de prover informações estão sendo questionadas”, disse, em cerimônia de apresentação pública aos funcionários, no auditório da sede do banco, no Rio.
A abertura da caixa preta do banco é uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro.”Precisamos virar a opágina, dar todas as informações necessárias”. Uma das metas, é acelerar a venda de participações da carteira da Banespar, empresa de participações, já que o banco atualmente tem cerca de
R$ 110 bilhões dessas ações e não há meta ou limite estipulado para a venda. Outra prioridade é fazer a devolução de recursos do BNDES ao Tesouro Nacional, que tem hoje cerca de R$ 330 bilhões aplicados.
Montezano disse ainda que até o final do ano vai montar um plano plurianual com “orçamento claro de receita e despesas”, repensando a estrutura de capital com metas objetivas de entregas até o fim do mandato do governo Bolsonaro. A última das metas é melhorar a prestação de serviços ao Estado brasileiro. “O principal desafio da política econômica corrente é desfazer o estrago que foi feito antes”, afirmou, ao destacar o crescimento excessivo do Estado, que se tornou empresário e endividado.
“Temos 13 milhões de pessoas sem emprego no Brasil. A gente tem que estar revoltado com isso. Precisamos desalavancar o Estado, reduzir a participação do Estado na economia, tornar o Brasil mais produtivo. No mundo moderno, sem barreira de competição, se não tivermos produtividade, ficaremos para trás. Isso é o que o BNDES vai fazer. O banco vai transformar o Brasil”, destacou (ABr).