Crédito concedido pelos bancos deve crescer 6,5% este anoO saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 6,5% este ano. A estimativa do Banco Central (BC) é menor do que a divulgada em março, de 7,2%. A estimativa do Banco Central é menor do que a divulgada em março, de 7,2%. Foto: Arquivo/ABr A nova projeção conta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado ontem (27). Em 2018, o saldo do crédito cresceu 5,1%, após contração de 0,5% registrada em 2017. De acordo com dados do BC, este ano, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos já acumula alta de 0,9%. Para o BC, o saldo do crédito para as pessoas físicas deve crescer 9,7%, mesma projeção do relatório de março. “Essas projeções estão em linha com a manutenção de níveis confortáveis de inadimplência e de comprometimento de renda das famílias com serviços financeiros e consideram continuidade do crescimento das principais modalidades de crédito livre (veículos, crédito pessoal e cartão de crédito) em patamares próximos aos atuais”, diz o relatório. Para as empresas, o BC revisou o crescimento do crédito de 4,1% para 2,5%, devido à evolução modesta do crédito nesse segmento no segundo trimestre do ano. “O desempenho do mercado de crédito a pessoas jurídicas reflete o menor dinamismo da atividade econômica”, diz o BC. Para o crédito livre (em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado), a projeção de expansão é 11,6%, com aumentos de 13% e 10% para os saldos de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas, respectivamente. A expectativa para o crédito direcionado aos setores habitacional, rural e de infraestrutura é 0,4% em 2019, com aumento de 6% para as pessoas físicas e redução de 7% para as empresas. O BC destaca que as projeções são sustentadas pelas operações com recursos livres, “enquanto as operações com recursos direcionados devem continuar impactadas pelo fraco desempenho entre as pessoas jurídicas” (ABr). | |
Trump fala em impor 10% em tarifas sobre importações da ChinaTrump disse que a medida depende das negociações com o presidente chinês. Foto: Issei Kato/Reuters O presidente dos Estados Unidos aventou a possibilidade de imposição de novas tarifas à China se não produzirem resultados as iminentes negociações com o presidente chinês, Xi Jinping. Em entrevista por telefone para a rede americana Fox Business Network na quarta-feira (26), Donald Trump declarou que, se não houver acordo, poderá estudar a imposição de 10% em tarifas aduaneiras sobre US$ 300 bilhões adicionais em importados chineses. Os dois países já impuseram tarifas de 25% sobre centenas de bilhões de dólares em importações recíprocas. Trump fez a declaração às vésperas da conversa com Xi Jinping que está planejada para sábado, à margem da reunião de cúpula do Grupo dos 20 em Osaka, na região oeste do Japão. Desde o mês passado tem havido uma escalada na guerra comercial, com a imposição pelos dois lados de tarifas retaliatórias sobre produtos que os Estados Unidos e a China importam um do outro (NHK/ABr). Confiança da indústria caiu 1,5 ponto de maio para junhoAgência Brasil O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,5 ponto de maio para junho. Com a queda, o indicador chegou a 95,7 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde outubro de 2018, empatado com o resultado de novembro de 2018. Em junho, a confiança caiu em nove de 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV. A confiança caiu em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice de Situação Atual, que mede a satisfação com o presente, diminuiu 1,9 ponto, indo para 96,6 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, caiu em 1,1 ponto, para 94,8, o menor desde agosto de 2017 (94,1 pontos). Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., as perspectivas de aceleração da atividade “são ainda tímidas e insuficientes para alterar o ímpeto declinante de contratações pelo setor”. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor foi de 75,3% em maio para 75% em junho. | BC reduz projeção de crescimento da economiaAgência Brasil O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do PIB passou de 2% para 0,8%, e consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado ontem (27). Entre os fatores para a redução da projeção, o BC cita o crescimento menor do que o esperado no primeiro trimestre. Outros fatores são a ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores econômicos para o segundo trimestre e o “recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores, com impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento”. De acordo com o BC, a produção da agropecuária deverá crescer 1,1% no ano, permanecendo praticamente estável ante estimativa de elevação de 1% prevista em março. Esse aumento da projeção para a agropecuária contrasta com reduções nas previsões de crescimento para os demais setores. A projeção para o desempenho da indústria foi reduzida de 1,8% para 0,2%. A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%. A previsão para a indústria extrativa recuou de 3,2% para 1,5%. O prognóstico para a construção civil passou de crescimento de 0,6% para recuo de 1,0%, mas, em sentido oposto, a previsão de crescimento para distribuição de eletricidade, gás e água passou de 2,3% para 2,8%, devido à expectativa de redução na participação de usinas térmicas neste ano e de cenário favorável de chuvas. O BC estima crescimento de 1% para o setor terciário (comércio e serviços) em 2019, com reduções nas estimativas para o desempenho da maioria das atividades. Em março, a previsão era 2%. Contrato de aluguel acumula inflação de 6,51%Agência Brasil O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,80% em junho, percentual superior ao apurado em maio (0,45%). De acordo com a FGV, com o resultado o IGP-M acumula taxas de 4,38% no ano e de 6,51% em 12 meses. A alta da taxa foi puxada pelos preços no atacado e na construção civil. A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de 0,54% em maio para 1,16% em junho. O Índice Nacional de Custo da Construção subiu de 0,09% em maio para 0,44% em junho. O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, registrou deflação (queda de preços) de 0,07% em junho. Em maio, o subíndice havia registrado inflação de 0,35%. |