Foto: Antonio Cruz/ABr Jair Bolsonaro, após a entrega de Condecorações da Ordem do Mérito Judiciário Militar, fala à imprensa. |
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (28) que vai conversar com parlamentares sobre as propostas enviadas pelo governo para o Congresso, entre eles a reforma da Previdência. “Gostaria de atender mais políticos no Planalto, mas o dia tem 24 horas, tenho que dormir 5 ou 6 horas, por isso não atendo mais gente”, disse. Bolsonaro preferiu não falar sobre a definição da sua base aliada para aprovação da pauta governista. “Não existe base aliada garantida, os parlamentares são independentes e vão decidir de acordo com o entendimento de cada um. É isso que faz a democracia”, disse.
Ele falou com a imprensa após cerimônia no Clube do Exército, em Brasília, onde também esteve presente o presidente do Senado Federal, David Alcolumbre. “A reforma continua, conversei rapidamente com o Alcolumbre agora, é ideia nossa [dar continuidade], com certeza do Rodrigo Maia também. É importante não para mim, mas para o Brasil”. Ressaltou que as divergências com Maia, é “página virada” e que outros conflitos poderão acontecer durante o mandato. “Para mim isso foi uma chuva de verão e o Brasil está acima de nós”, disse.
Bolsonaro defendeu a reformulação do pacto federativo para distribuição dos recursos da União aos estados e a revogação da proposta do orçamento impositivo para as emendas de bancadas estaduais. “Essa proposta [do pacto federativo] vai além do que foi aprovado essa semana [do orçamento impositivo], porque lá, no impositivo, a emenda vai carimbada [com aplicação determinada] para os estados”.
“O que o Paulo Guedes quer é que após a votação da Previdência, seja votado o pacto federativo e que vá recursos direto para os estados, onde a Assembleia Legislativa de cada estado, junto com o governador e a sociedade decida para onde vai o dinheiro.Eles sabem mais onde tem que ser aplicado os recursos do que nós em Brasília”, disse o presidente (ABr).