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Economia 15/03/2019

em Economia
quinta-feira, 14 de março de 2019
Comercio temporario

Comércio varejista teve pequena alta de dezembro para janeiro

O volume de vendas do comércio varejista teve crescimento de 0,4% na passagem de dezembro do ano passado para janeiro deste ano, depois de um recuo de 2,1% no mês anterior.

Comercio temporario

O varejo teve altas de 0,5% na média móvel trimestral e de 2,2% no acumulado de 12 meses. Foto: Rovena Rosa/ABr

O dado é a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada ontem (14) pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, o varejo teve altas de 0,5% na média móvel trimestral, de 1,9% na comparação com janeiro do ano passado e de 2,2% no acumulado de 12 meses.

Na passagem de dezembro para janeiro, sete das oito atividades pesquisadas tiveram crescimento no volume de vendas, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,2%). Também tiveram crescimento os segmentos de supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%), combustíveis e lubrificantes (0,5%), móveis e eletrodomésticos (0,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).

A única queda foi no setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,5%). O comércio varejista ampliado, que também pesquisa o comportamento dos materiais de construção e do segmento de veículos e peças, cresceu 1% na passagem de dezembro para janeiro. As vendas de veículos tiveram alta de 5,7%, enquanto os materiais de construção cresceram 0,1%.

O varejo ampliado teve altas de 0,2% na média móvel trimestral, de 3,5% na comparação com janeiro de 2018 e de 4,7% no acumulado de 12 meses. A receita nominal do varejo teve altas de 0,8% na comparação com dezembro, de 0,1% na média móvel trimestral, de 4,8% na comparação com janeiro do ano passado e de 5% no acumulado de 12 meses. A receita do varejo ampliado também teve alta em todos os tipos de comparação: com dezembro (1,4%), com janeiro de 2018 (5,8%), média móvel trimestral (0,2%) e acumulado de 12 meses (6,9%) (ABr).

Produção industrial avança em nove locais pesquisados

Producao temporario

O maior crescimento industrial foi observado no Amazonas (5,2%). Foto: Arquivo/ABr

Agência Brasil

Apesar da queda de 0,8% na produção industrial nacional, nove dos 15 locais pesquisados pelo IBGE tiveram alta na passagem de dezembro de 2018 para janeiro deste ano. O maior crescimento foi observado no Amazonas (5,2%), de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados ontem (14).

Outros estados com alta foram Pernambuco (3,0%), Rio Grande do Sul (2,6%), Goiás (2,6%), Pará (1,7%), Santa Catarina (0,8%), Minas Gerais (0,7%) e o Paraná (0,7%). A Região Nordeste, que também é pesquisada pela soma dos seus nove estados, teve crescimento: 1%. Por outro lado, seis estados puxaram a queda nacional da indústria: Mato Grosso (-5,4%), Espírito Santo (-2,6%), Bahia (-2,2%), São Paulo (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,3%) e o Ceará (-0,4%).

Na comparação com janeiro de 2018, dez dos 15 locais pesquisados tiveram queda. As maiores delas foram observadas no Amazonas (-10,5%) e em Mato Grosso (-9,2%). Dos cinco locais com alta na produção, o Paraná teve o melhor resultado (8,1%). No acumulado de 12 meses, oito dos 15 locais tiveram queda, com destaque para Goiás
(-4,2%), e sete tiveram alta, com o melhor resultado sendo observado no Pará (8,2%).

Abate de suínos fechou 2018 com recorde

Agência Brasil

Cerca de 44,2 milhões de suínos foram abatidos no Brasil no ano passado. O volume é recorde na série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 1997. De acordo com os dados divulgados ontem (14), houve crescimento de 3,4% em relação a 2017.

O abate cresceu em 19 das 26 unidades da Federação pesquisadas. Houve aumentos em locais como Mato Grosso do Sul (mais 296,4 mil cabeças), Rio Grande do Sul (mais 194,72 mil) e São Paulo (mais 181,64 mil). Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2018, com 26,2% da participação nacional, seguida pelo Paraná (21%) e o Rio Grande do Sul (18,6%).

O abate de bovinos também fechou 2018 com crescimento (3,4%). No total, foram abatidos 31,9 milhões de animais. Já o abate de frangos teve queda de 2,5% em 2018, a segunda redução consecutiva do indicador.
Outro segmento agropecuário com recorde em 2018 foi a produção de ovos, que fechou o ano com 3,6 bilhões de dúzias, um aumento de 8,6% em relação a 2017 e o maior resultado desde o início da pesquisa, em 1987.

A aquisição de leite pelas unidades beneficiadoras do produto (24,45 bilhões de litros) manteve-se relativamente estável, com crescimento de apenas 0,5% em relação a 2017. Já a aquisição de couro por curtumes nacionais cresceu 3% em relação a 2017.

Déficit de contas públicas deve ficar em R$ 98,17 bilhões neste ano

Agência Brasil

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Economia reduziram a previsão para o resultado negativo das contas públicas neste ano. A estimativa de déficit primário do Governo Central – formado pelo Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central – passou de R$ 99,560 bilhões para R$ 98,175 bilhões em 2019. A estimativa segue abaixo da meta de déficit perseguida pelo governo, de R$ 139 bilhões. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros.

Os dados constam da pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia todos os meses, com base em informações do mercado financeiro. Para 2020, a estimativa das instituições financeiras é de déficit de R$ 68,405 bilhões, contra R$ 65,462 bilhões previstos em fevereiro. A meta de déficit primário para o próximo ano é R$ 110 bilhões.

A previsão das instituições financeiras para as despesas passou de R$ 1,423 trilhão para R$ 1,419 trilhão, neste ano, e de R$ 1,482 trilhão para R$ 1,483 trilhão, em 2020. A estimativa de receita líquida do Governo Central permaneceu em R$ 1,322 trilhão em 2019, e passou de R$ 1,417 trilhão para R$ 1,420 trilhão no próximo ano.

A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do Governo Central, que, na avaliação das instituições financeiras, deve ficar em 78% do PIB neste ano. Essa previsão é a mesma do mês passado. Para 2020, a estimativa ficou em 79,24% do PIB, ante 79,30% previstos em fevereiro (ABr).